Novas jogadas continuam a movimentar o xadrez político pela disputa ao Palácio do Buriti em 2014.Conforme escrevi no meu último artigo, pelo menos duas candidaturas estão postas no tabuleiro: a do atual governador Agnelo Queiroz (PT), candidato à reeleição, e a do senador Rodrigo Rollemberg (PSB).Mas muitos outros nomes despontam nos bastidores e nas pesquisas. A novidade em meio a tantas incertezas diz respeito a uma possível ruptura entre PT e PMDB. Caso isso realmente ocorra, a briga pelo comando do Distrito Federal poderá ficar ainda mais acirrada.

À primeira vista, pelos menos duas análises podem ser feitas. A mais evidente é a de que as especulações em torno de uma candidatura própria peemedebista enfraquecem o governo. Se a própria base de sustentação cogita um rompimento, pode-se supor uma divisão de poder e se expõe possíveis falhas de gestão. O eleitor enxerga esse desgaste. Com isso, cresce a desconfiança da população em relação à administração atual. A segunda observação também é clara: o vice-governador Tadeu Filippelli é um nome forte e sua candidatura ao Governo do DF embaralha ainda mais o jogo da sucessão. Com Agnelo, Rollemberg e Filippelli na briga, o cenário fica mais aberto para o surgimento de um outro nome.

Especula-se que Filippelli seria capaz de reunir os discípulos de Arruda e Roriz, mas no momento em que todos se colocam como candidatos nada está definido. Observamos em pleitos recentes a construção de candidaturas de pessoas que sabem fazer política de uma forma diferente. Foram bem-sucedidas aquelas que de fato simbolizavam mudanças e capacidade de executá-las. O eleitor não quer o novo pelo novo, deseja a renovação séria, movida por ética, trabalho e competência. Quem conseguir simbolizar uma renovação de fato, sairá com vantagem. Nada está definido. Vai se consolidar quem souber interpretar os verdadeiros anseios da sociedade.

Publicado originalmente no Jornal de Brasília 03/06/2013

Brasília, 03 de junho de 2013.

Adelmir Santana – Presidente da Fecomercio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

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