
O volume de vendas do comércio varejista do Distrito Federal registrou queda de 1,2% em janeiro na comparação com dezembro de 2024. A retração, no entanto, ocorre após um crescimento expressivo de 4,2% em dezembro, impulsionado pelas compras de fim de ano e pela injeção do 13º salário na economia.
Na comparação com janeiro de 2024, o volume de vendas no DF apresentou um aumento de 6,3%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses registra alta de 6,2%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC-DF), do IBGE.
A queda registrada refere-se ao comércio varejista restrito, que inclui produtos de consumo imediato, como alimentos, roupas e medicamentos. Já no varejo ampliado, que abrange também setores como veículos, motos, peças e materiais de construção, houve um crescimento de 1,2% em janeiro em relação a dezembro, e de 5,4% na comparação com janeiro de 2024.
Segundo o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, a retração nas vendas em janeiro já era esperada, pois dezembro é historicamente um mês de alta, impulsionado pelo Natal e pelo 13º salário. Além disso, no ano passado houve um crescimento significativo nesse período, o que eleva a base de comparação. Ele ressalta, ainda, o desempenho positivo do varejo ampliado no DF neste mês como fator de bom desempenho.
“Apesar das projeções nacionais terem sido revistas para baixo pela CNC para o ano de 2025, acreditamos na possibilidade de o comércio local manter uma certa estabilidade. A economia do DF tem características próprias, com uma base forte no funcionalismo público e recentes registros de queda no desemprego, fatores que sustentam o consumo na região”, completa avalia Aparecido.
Em janeiro, 15 das 27 unidades da federação registraram crescimento, com destaque para Amapá (+13,1%), Tocantins (+4,6%) e Mato Grosso (+3,1%). Já entre os estados que pressionaram negativamente o resultado nacional estão Sergipe (-3,9%), Roraima (-3,5%) e Alagoas (-2,0%).
Setores em alta em janeiro
• Móveis e eletrodomésticos (+29,8%) – em alta pelo segundo mês consecutivo;
• Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos (+9,6%) – em crescimento desde março de 2023;
• Combustíveis e lubrificantes (+5,8%) – quinto mês consecutivo de alta;
• Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+5,9%) – em crescimento desde maio de 2024;
• Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+3,6%) – em alta desde dezembro de 2023;
• Tecidos, vestuário e calçados (+2,3%) – crescimento contínuo desde setembro de 2023.
Setores em baixa em janeiro
• Livros, jornais, revistas e papelaria (-11,3%) – interrompendo uma sequência de três meses de alta;
• Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-36,7%) – em queda pelo sexto mês consecutivo.