“Nunca deixem que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem….”.  Começo com esta reflexão do poeta Renato Russo, pois exprime bem a história da nossa Brasília, hoje completando 62 anos, desde que a obstinação de Juscelino Kubtscheck em materializar o sonho de Dom Bosco virou realidade – apesar de toda a campanha contrária em transferir a capital para o Cerrado, o interior do país. E a frase do Renato mexe muito comigo também, já que cheguei aqui em Brasília, em 1972,  com o sonho de crescer, melhorar de vida, empreender. Hoje, na presidência da Fecomércio, tenho o orgulho de devolver à nossa capital um pouco de tudo o que ela me deu. Nos deu. Um presente para a cidade e para o brasiliense: as obras de recuperação do Teatro Sesc Garagem, que começam no segundo semestre.

O nosso Sesc Garagem é um ícone cultural da cidade. Neste ano, completa 43 anos de atividade, desde aquele 1979, quando foi construído na garagem de um prédio na 913 Sul, pelos próprios artistas de Brasília. E desde então, passou a revelar e divulgar talentos do cenário cultural. Na emblemática década de 80, quando nossa cidade ficou conhecida como “Capital do Rock Nacional”, ajudou a revelar bandas lendárias, como Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude, entre outras. No campo teatral, foi, talvez uma segunda casa para, como diz a jornalista Márcia Zarur, do uruguaio mais candango que existiu, o mestre Hugo Rodas, que nos deixou neste mês de abril. Enfim, pela importância do espaço, o Sesc Garagem foi selecionado pela secretaria de Turismo do DF como um dos 37 pontos da Rota Brasília Capital do Rock, para fomentar o turismo.

Investir na cultura é uma das principais missões do Sistema Fecomércio, tendo como braços o Sesc e o Senac. Apostamos e investimos em um tripé formado por ações culturais, educacionais e esportivas. Por acreditarmos que tais bandeiras formam jovens mais conscientes e com mais oportunidades e mantém ou resgatam a autoestima dos mais experientes. Por isso, a reforma do Sesc Garagem, em um momento onde grandes espaços culturais da cidade ainda estão fechados, é um marco. Queremos, com o aval do GDF ao projeto, manter a atual capacidade do teatro  de 204 expectadores, mas trocar o piso, construir um foyer, com acessibilidade, um novo elevador e uma sala de projeção, além de uma lanchonete. O espaço continuará sendo multiuso, com arquibancadas móveis que permitem diversos layouts de montagem cênica. A previsão é que a obra dure dez meses, assim que o projeto for aprovado.

Com muito orgulho, portanto, esperamos devolver à Brasília, em breve, um espaço mais moderno, plural e dinâmico, adjetivos que sempre estarão associados à nossa Capital Federal. Parabéns, Brasília!!!!

 

Artigo de José Aparecido da Costa Freire  presidente do Sistema Fecomércio no DF

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