O céu é o mar de Brasília. A frase, atribuída ao urbanista Lúcio Costa, é um consolo para os brasilienses que não podem usufruir de uma bela praia sem ter que sair da cidade. Sem mar, os “surfistas do Cerrado” vão para o asfalto com os mais diversos tipos de skates e tomam conta das ruas, parques e calçadas. O número crescente de adeptos tem movimentado o comércio de roupas, acessórios e equipamentos de segurança.

Atualmente o Brasil conta com quatro milhões de praticantes e o mercado movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano com a venda de produtos. Na Ceilândia, a loja Rap Nacional, localizada no Shopping Popular, oferece mais de 500 itens como roupas, bonés, calças, bermudas, capacetes, joelheiras, tênis, rolamentos, lixas, rodas e shapes (prancha de madeira). De acordo com o proprietário Bartolomeu Martins, e presidente do Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF, a loja foi aberta para atender à demanda de clientes na Ceilândia.

“Eu tinha uma banca na Feira da Ceilândia e muitas pessoas pediam para que eu vendesse produtos para os praticantes do skate. Comecei a visitar diversas distribuidoras em São Paulo e vi que o mercado era promissor”, destaca Bartolomeu, lembrando que inaugurou a loja em 1999. “Vendo mais produtos nacionais, que são mais baratos, porém com a mesma qualidade que os importados”, destaca Bartolomeu.

 

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