Após anos de crise o Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção (Sindmac-DF) informa que existe uma melhora no segmento em Brasília. O presidente da entidade, Carlos Aguiar, diz que o brasiliense está voltando a reformar suas residências. Além disso, as construtoras estão lançando novos prédios na cidade, o que acaba aquecendo as lojas de material de construção. Segundo Carlos, o melhor período para os empresários do ramo é de junho até novembro, quando a população já quitou suas obrigações de início de ano, como IPVA e IPTU. “Percebemos melhora nesse ano. O governo está desburocratizando alguns assuntos, a Junta Comercial do DF está mais ágil, facilitando a abertura de novas empresas, tudo isso faz com que o dinheiro gire na economia local”, informa Carlos.
Apesar das boas notícias, o sindicato reclama da concorrência desleal na cidade. Segundo Carlos, o setor de atacado de material de construção tem concorrido com o varejo, fazendo que algumas lojas fechem e franquias de grande nome deixem a cidade, como foi o caso da Tend Tudo, que fechou suas duas lojas no DF. “Existe uma concorrência desleal por parte de alguns atacadistas da cidade. Eles acabam se utilizando dos benefícios tributários para praticar venda direta ao consumidor final, descumprindo sua função e finalidade, que é vender paras empresas varejistas que hoje não tem nenhum benefício”, diz.
Carlos explica que se houvesse uma fiscalização adequada por parte do executivo local todos seriam beneficiados. Segundo ele, a arrecadação do DF aumentaria, assim como as vagas de emprego. “Haveria uma redução da sonegação fiscal, preços justos e competitivos para o consumidor final. O que se busca é equilíbrio e forma justa para a sobrevivência de todos, cada qual seguindo seu papel definido em lei. Hoje, infelizmente não existe fiscalização para combater essa distorção. Não somos contra, mas queríamos que a concorrência fosse justa e não predatória”, esclarece Carlos. O sindicato cobra maior atenção do governo, já que o segmento varejista de material de construção é um dos maiores responsáveis pela arrecadação do ICMS no DF. “Já realizamos audiências públicas sobre esse assunto e queremos alguma resposta”, informa.
Carlos diz que apesar da falta de fiscalização, é possível enxergar o atual momento do governo do Distrito Federal com muita expectativa e espera que a questão do Centro Administrativo do DF, em Taguatinga, seja resolvido o quanto antes. Em abril deste ano, o governador do DF, Ibaneis Rocha, adiou o termo de autorização que permitiria a mudança para o prédio. “Acredito que a mudança do governo para Taguatinga seria muito boa, geraria mais emprego, renda e rechearia as cidades administrativas de empresas e movimento. Seria de suma importância para o nosso segmento”, informa o presidente do Sindmac.
Sobre a atual gestão da Fecomércio-DF, Carlos explica que a mudança foi muito boa. “O presidente Francisco Maia está nos surpreendendo. Já foram criados vários grupos de trabalho, câmaras temáticas e existe um diálogo aberto e engrandecedor dentro da entidade. A Federação está mostrando para o que veio. Francisco Maia é um grande líder que está unindo, ainda mais, o comércio de todo o DF”, conclui Carlos.
Apoio empresarial
O Sindmac está discutindo a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), buscando equilíbrio para que o resultado seja positivo para todos. O Sindicato também trabalha para realizar ações em benefício dos empresários. Este ano alguns fóruns e seminários junto ao segmento com temas de interesse foram realizados. Além disso, a entidade promoveu missões empresariais na Bahia e no Ceará. Carlos explica que o sindicato também oferece um curso, em parceria com o Sebrae, para formação de operador de empilhadeiras. O intuito é o de qualificar a mão de obra do segmento e ajudar na evolução das empresas da cidade.
Assessoria tributária, jurídica e conciliação trabalhista são ofertados gratuitamente aos filiados. “Procuramos sempre oferecer vários serviços aos nossos filiados com o objetivo de fomentar o segmento. Temos ainda convênio com empresa de segurança do trabalho de forma preventiva e repressiva; consultoria do Sebrae com 70% de desconto; sede própria que dispõe de auditório completo com som e imagem para treinamentos empresariais e colaboradores”, informa Carlos.