Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Fecomércio-DF mediu a percepção dos consumidores e empresários brasilienses em relação ao carnaval. Entre os segmentos do comércio, serviços e turismo mais impactados pelo feriado, 52,5% dos lojistas acreditam no aumento das vendas em relação aos dias normais. A expectativa geral é de 23% de crescimento no consumo de produtos e serviços que englobam hospedagens, viagens, eventos, bares, restaurantes, vestuário, ambulantes, entre outros.

Os gestores de hotéis, por exemplo, confirmaram otimismo. Segundo o levantamento, 93% dos entrevistados disseram que já existe demanda para reservas, e 84% esperam esgotar a ocupação dos leitos. Sobre aumento nos preços da hospedagem, 91% disseram que irão mantê-los. Apenas 9% confirmaram reajuste nas tarifas.

“As expectativas são muito boas com o primeiro carnaval pós-pandemia. Brasília deve manter o ritmo de retomada que vimos na passagem do ano, tornando-se um bom destino para turistas com diferentes perfis. Temos aqueles que vem para pular o carnaval, mas também aqueles que vêm a trabalho. Outros chegam para visitar a família ou estão de passagem para conhecer regiões próximas. Existem diversos fatores que fazem da nossa região um destino interessante”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.

Perfil do brasiliense
Segundo a pesquisa do IF, que entrevistou 541 consumidores entre os dias 12 e 30 de janeiro, 56% gostam da data. Outros 44% disseram que não.

Do total, mesmo entre aqueles que não gostam de carnaval, 51% já se planejaram para aproveitar os cinco dias de festa, que vão de sexta-feira (17) até terça-feira (21).

 

O dia preferido para pular carnaval no Distrito Federal é o domingo, com 29,3% de escolha entre os entrevistados. Em seguida vieram sábado (26,1%), sexta-feira (16%), segunda-feira (15,3%) e terça-feira (13,3%).

Viajar é a principal intenção daqueles que se planejaram, com 35,04%. Na sequência vão descansar em casa (24,82%), ir a festas carnavalescas (20,44%), frequentar bares e restaurantes (8,76%), além de eventos religiosos (5,84%) e seguir com o trabalho e estudos (5,11%).

 

Ainda entre aqueles que já se organizaram, 18% já admitiram que gastarão mais durante o feriado. Outros 82% disseram que controlarão os gastos. A opção preferida de pagamento para as compras é o Pix, com 30,1%. Na sequência vêm cartão de crédito (28,5%), cartão de débito (23,9%) e dinheiro (17,5%).

 

Qualidade do carnaval

Os consumidores avaliaram também a qualidade do carnaval no Distrito Federal. Para 70% do total de entrevistados, o período de festas não apresentou melhoras nos últimos cinco anos. Já outros 30% afirmaram que o carnaval no DF melhorou.

Entre os fatores que contribuíram para a percepção positiva, constam o aumento no número de atrações (33,85%), melhoria na segurança (33,85%), melhoria na organização (20%), controle de aglomeração (6,15%) e diversidade (6,15%).

Já entre os itens que influenciam na piora do carnaval ao longo dos anos estão excesso de bebida, drogas e violência (44,56%), segurança (14,51%), falta de atrações (13,47%), piora na aglomeração (7,77%), falta de investimento (7,25%), alta dos preços (6.22%) e falta de fiscalização do trânsito (6,22).

 

A pesquisa perguntou àqueles que não se planejaram, quais os motivos para não participarem do carnaval. A maioria disse não ter interesse pelas festividades (25,52%); seguidos de excesso de bebida / drogas / violência (20,76%); altos preços (14,10%); aglomeração / pandemia (12%); controle de gastos (11,43%); viagem (5,71%); condições climáticas (5,14%); cidade sem atrativos (3,81%) e religião (1,52%).

 

 

Na nossa avaliação, o carnaval do DF melhorou, sim, nos últimos anos. Hoje temos uma maior variedade de blocos e festas, muitas vezes com atrações de fora. O setor de eventos explorou bem esse nicho e estamos trabalhando para melhorar cada vez mais. Como relação à segurança, que tanto aflige uma parte da sociedade, a governadora em exercício, Celina Leão, anunciou que o GDF investirá R$ 12 milhões para a realização do Carnaval da Paz”, observa o presidente do Sistema Fecomércio-DF. 

Empresários
Para obter representatividade no universo da pesquisa, o estudo priorizou segmentos como hotelaria, bares e restaurantes, vestuários, ambulantes, entre outros, totalizando 500 empresas.

Os gestores de agências de viagens também confirmam otimismo nesta época. Segundo a pesquisa, 80% espera esgotar as vendas de reservas e passagens para que brasilienses viagem no carnaval.

Sobre os horários de funcionamento das lojas, 74% pretendem manter o comércio aberto durante o feriado. Os 26% restantes não irão funcionar. Quanto ao horário de funcionamento, apenas 14% devem operar em horário especial. Os demais, 86%, seguem no horário comercial.

Para esta época, a contratação de mão de obra temporária não terá grande impacto como nas festas de fim de ano. Apenas 2% dos entrevistados disseram que irão reforçar as equipes, gerando a média de uma contratação por empresa.

Sobre os estoques, 70% dos empresários já se preparam para a data. Desse total, 61% disseram que não aumentarão os preços. O restante aumentará os valores.

 

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