O Senac irá formar a primeira turma, com imigrantes refugiados, do curso gratuito de Garçom. O grupo é composto por 13 alunos, sendo cinco da Venezuela, dois de Camarões, um de Gana e cinco alunos brasileiros. Os estudantes estão sendo capacitados no restaurante-escola da instituição, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
A turma, que é ofertada por meio do Programa Senac de Gratuidade – projeto que capacita pessoas de baixa renda, teve início no dia 14 de janeiro e tem o encerramento previsto para 7 de março. No dia 26 de fevereiro, será oferecido um almoço para convidados, no espaço à la carte do restaurante-escola, que mostrará na prática todas as competências ensinadas aos alunos durante o curso.
A aluna venezuelana Yenni Josefina Torres Caña (42) entrou no Brasil pelo Estado de Roraima (RR), em 2017, com a família – dois filhos e marido. Começou a trabalhar informalmente em Boa Vista vendendo pasteis e bolos e em 2018 resolveu ir para Brasília. Ela é engenheira industrial e diz estar impressionada com o curso do Senac. “É um curso de nível elevado. O professor realiza seu trabalho com muito amor, muito conhecimento e muito preparo. É uma coisa que nunca vi na vida. Como em toda organização, o garçom precisa conhecer desde que entra no restaurante até como funcionam todos os postos de trabalho e isso é muito importante. No futuro posso vir a ter um pequeno restaurante, quem sabe”, sonha Yenni.
O curso tem carga horária de 240 horas e foi todo executado dentro do restaurante-escola, que é um espaço pedagógico. A Assessora de Empresas Educacionais do Senac, Ana Beatriz de Azevedo Borges, explica que isso faz toda a diferença na formação dos alunos. “Ele já inicia a teoria do curso dentro do restaurante-escola, faz uma visitação técnica e aprende o que cada área faz. Essa formação com vivência garante uma experiência ímpar, e ao se formar será o diferencial em seu currículo para angariar um espaço no mercado de trabalho”, explica a assessora. O Senac-DF tem outros três restaurantes-escola, que funcionam na Controladoria Geral da União (CGU), no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e no Supremo Tribunal Federal (STF).