Se por um lado o setor de eventos teve o maior número de cancelamentos de todos os tempos, por outro foi hora de se reinventar. Com este pensamento, a Câmara de Turismo e Hospitalidade da Fecomércio-DF, juntamente com o Sebrae-DF, o Sindieventos e o Brasília Convention Bureau, promoveu nesta quinta-feira (25), o seminário Eventos Presenciais: no Caminho do Recomeço. Casos de sucesso e especialistas motivaram o público e mostraram os ajustes necessários para viabilizar a realização dos encontros presenciais. O seminário ocorreu no Centro de Convenções e Eventos Brasil 21.
O presidente do Sindieventos, Luís Otávio Rocha Neves, discursou na abertura e ressaltou que o setor tem buscado alternativas para a retomada na capital federal. “Agradecemos o envolvimento de todas as entidades nesse seminário e que a gente consiga fazer essa retomada. É importante ver como esses eventos estão retomando em todo o País. Em vários estados, em São Paulo, Santa Catarina. É um novo modelo. Espero que ano que vem a gente consiga fazer os eventos presenciais de uma forma melhor”, disse.
O presidente da Câmara de Economia Criativa da Fecomércio e sócio da Capital Week Entretenimento, Pedro Affonso Franco, esteve presente no seminário e falou sobre a responsabilidade do setor de se reinventar. “A gente não imaginou que estaríamos impedidos de realizar nossa profissão. O ano de 2020 prometia ser o melhor ano de eventos em todas as áreas. A pandemia é um convite a pensar fora da caixa, de se reinventar”, disse Pedro. Ele destacou os cuidados que estão sendo tomados no festival Capital Moto Week. “Vimos maneiras de como se reinventar. O Moto Week em 2019 recebeu 700 mil pessoas ao longo dos seus dias. As pessoas moram no festival. Aí veio a reflexão de como podemos trazer essa experiência para o público. Estudamos muito. Especificamente no nosso evento temos picos de 80 mil pessoas. É uma responsabilidade muito grande”, disse Pedro.
A consultora de turismo de negócios Vaniza Schuler, mediou o debate e apresentou diversos casos que estão retomando no País. Segundo ela, existe um trabalho especial a ser feito entre três aspectos principais para um evento: promotor, fornecedor e organizador. “São pilares fundamentais e que precisam de rigidez. A recomendação para não retroceder é não relaxar nos protocolos de segurança. E a rigidez disso quem determina é o promotor de eventos. Não se pode perder o controle”, disse a consultora.
O Distrito Federal conta com um caderno de protocolos de segurança estabelecidos entre o trade de eventos e o setor público. Em seu discurso, o palestrante e empresário Alejandro Parrilla destacou a importância de práticas seguras. “Eu acredito na união do setor produtivo no Distrito Federal. O caderno de protocolo de segurança foi feito com êxito entre o trade da cidade e o setor público. Vejo com naturalidade que todos os envolvidos querem as melhores praticas de segurança. É um trabalho de formiguinha destacando a importância de todo o processo de protocolo. É preciso todas as partes estarem alinhadas”, disse. O empresário destacou que é possível fazer um evento com todas as normas de segurança.