Francisco Maia
Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)
Assim como acontece em muitos países, os feriados nacionais podem ser mais bem utilizados no Brasil para a promoção da cultura e do desenvolvimento. O marco da nossa independência atende bem a esse propósito. A Semana do Brasil, lançada pelo governo federal para fortalecer a economia e o orgulho de ser brasileiro, deve ser encarada como uma oportunidade de valorização da nossa identidade, dos produtos regionais, da riqueza popular e dos bons costumes do País. Fomentar no comércio a oferta de promoções, descontos, produtos e serviços exclusivos para esse período é uma boa medida. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) e a Fecomércio-DF apoiam essa iniciativa.
Entendo que é uma forma de aquecer a economia e estimular o patriotismo. Setembro é, tradicionalmente, um mês fraco para os setores de comércio e serviços, sem grandes apelos promocionais. Ao mesmo tempo, temos uma data que marca a declaração da nossa independência. Um feriado onde as pessoas podem ser convidadas a conhecer o Brasil, a estudar sua história, a enfeitar as suas casas e a preservar um legado. A união entre a iniciativa privada, o poder público e a sociedade ajuda não só o comércio, mas a indústria e o turismo, uma vez que a mobilização gera oportunidades para quem produz e se estende ao setor hoteleiro com promoções capazes de estimular o turismo interno.
Ampliar a comemoração do sete de setembro a uma semana inteira de promoções trará resultados, sobretudo, se houver uma adesão consistente por parte das grandes marcas do varejo. É preciso apresentar ofertas reais e vantajosas para os consumidores. Neste ano de lançamento, mais de 3 mil empresas se cadastraram para participar do evento. A expectativa é de um crescimento nas vendas. A Semana do Brasil também tende a se consolidar se houver uma valorização real de produtos típicos do País, da história nacional e de símbolos da nação, deixando eventuais disputas políticas de fora desse movimento.