A cada dia que passa mais de uma pessoa morre assassinada no Distrito Federal. Desde o começo do ano até o início de maio, a Secretaria de Segurança Pública contabilizou 262 homicídios nas regiões administrativas de Brasília. É o mesmo que falar em uma chacina ou um massacre por mês nas ruas brasilienses, com mais de 50 vítimas fatais. São números alarmantes. É um retrato da violência que assola todo o País. A capital da República, neste caso, não é uma exceção. Esses dados preocupam a sociedade. A impressão é de que os bandidos estão soltos e os cidadãos de bem continuam trancafiados em suas residências.

Junto com a escalada da violência, cresce o número de pessoas que recorre a câmeras de monitoramento, alarmes, cercas elétricas e até seguranças particulares para proteger suas famílias e negócios. Mas na maioria das vezes é uma tentativa inútil. A incidência dos crimes nos mostra que ninguém está verdadeiramente protegido. Uma parte dos assassinatos, a maioria, está ligada ao avanço do tráfico de drogas. Outros são cometidos em decorrências de roubos, latrocínios e até simples desavenças. Impressionam também a brutalidade e a frieza de alguns crimes, principalmente quando são praticados por menores de idade.

Parece que as autoridades perderam a batalha contra a violência. O Brasil precisa repensar o seu modelo de segurança pública e a legislação em vigor. Essa discussão não pode ser feita somente quando uma atrocidade choca o País. Temos que falar em civilidade e educação diariamente. A vida é o bem mais precioso do ser humano.

Acredito em programas de valorização da condição humana e da cidadania que sejam implementados desde cedo, tanto em escolas públicas quanto particulares. Paralelamente, as forças policiais precisam estar na rua, bem equipadas, com um trabalho integrado e ostensivo. A julgar pelos impostos pagos, dinheiro para combater o crime não falta.

Publicado originalmente no Jornal de Brasília 20/05/2013

Brasília, 20 de maio de 2013.

Adelmir Santana – Presidente da Fecomercio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

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