Quatro recentes pesquisas, que vou destacar neste espaço, injetam uma boa dose de otimismo relacionado à recuperação econômica, especialmente do nosso setor de comércio e serviços. Uma do IBGE, duas da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e outra do Instituto Fecomércio. Embora analisem meses distintos, todas demonstram a resiliência, a inovação e a capacidade de gestão do empresário no primeiro quadrimestre deste ano.

A pesquisa mensal do Comércio, do IBGE, revelou um aumento de 4,7% nas vendas no comércio do DF em fevereiro, em comparação com janeiro. Em nível nacional, o resultado nos coloca como quinto melhor desempenho entre as unidades da federação, que juntas tiveram um crescimento de 1,1% . Pode parecer ainda uma recuperação tímida, mas se analisarmos o contexto, ela ganha outra dimensão. A pesquisa contemplou um mês ainda de férias escolares, com a cidade mais vazia; o remédio do Banco Central para conter a alta da inflação, o do aumento dos juros, é sempre um desestímulo ao consumo; e a inadimplência entre os consumidores, que os mantém alijados do mercado; o nível de desemprego também é outro obstáculo. Diante deste quadro, o aumento nas vendas é uma bela notícia para fevereiro.

Já em abril, no DF a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias, da CNC, revelou uma alta de 1,7% no mês, em comparação com março, atingindo 66 pontos. A Intenção de Confiança do Empresário, ademais, também da CNC, detectou o segundo aumento seguido no ano, com 2,1% positivos, também em relação a março – 117,6 pontos. Índice acima do nível de satisfação (100 pontos).

A última pesquisa que quero destacar é do nosso Instituto Fecomércio, sobre as vendas para o Dia das Mães. A notícia também é boa! Após o crescimento registrado na Páscoa, o novo estudo revela que mais da metade dos lojistas entrevistados – 57,10% – acredita que as vendas para este ano serão melhores do que no ano passado. O aumento do ticket médio também chama atenção. Quem vai comprar um presente estima gastar quase 50% a mais: de R$ 114,96 em 2021 para R$ 174,95, este ano. Com isso, o aumento efetivo esperado nas vendas é de 26% em relação a 2021. Creio que isso represente, de fato, um movimento de retomada da economia, provocado pelo avanço da vacinação, pela reabertura definitiva do comércio em todo o DF e também, mais recentemente, pelo fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos e fechados.

Temos tudo, portanto, para entrarmos em um ciclo virtuoso neste período pós-pandemia. Com o fim do estado emergencial da doença, decretado pelo governo federal, o movimento no comércio tende a crescer de forma sustentável, com o calendário de datas festivas deste 2022. É fundamental, no entanto, que linhas de crédito acessíveis aos lojistas continuem sendo abertas, assim como os agentes políticos e a iniciativa privada se unam para atrair cada vez mais turistas para Brasília, incluindo a Capital Federal no mapa dos megaeventos nacionais e mundiais. Temos potencial!

 

Artigo de José Aparecido Freire presidente do Sistema Fecomércio-DF

 

 

 

         

 

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