O presidente do Sistema Fecomércio-DF e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Aparecido Freire, representou o presidente da CNC, José Roberto Tadros, no “Movimento Unidos pelo Combustível Legal”, realizado em Brasília, nesta quarta-feira (28). O setor de combustíveis, por meio da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) e do Instituto Combustível Legal (ICL), recebeu entidades nacionais do ramo, assim como diversos parlamentares do Congresso Nacional, para destacar a importância da aprovação dos projetos de lei do “devedor contumaz” e da “monofasia do etanol hidratado”.

O movimento busca intensificar o combate ao mercado ilegal do setor, em especial ao chamado “devedor contumaz”, quando empresas sonegam imposto para garantir preços mais atrativos ao cliente. “Nosso combate é contra esses maus empresários. Nós temos margens muito apertadas e as sonegações desequilibram muito o nosso setor. Além disso, mesmo que indiretamente, a sonegação traz transtornos e prejuízos para a população, porque acontece uma perda de arrecadação que pode afetar serviços básicos”,  explicou o presidente da Fecombustíveis, James Thorp Neto.

“A CNC quer que todas as empresas possam ter competitividade e igualdade de situações. A ilegalidade das empresas de combustíveis prejudica a geração de emprego e renda no Brasil. Então, apoiamos a legalidade e a competitividade, queremos que todas as empresas possam ter condições iguais, de comprar e vender legalmente”, destacou Aparecido.

Além disso, segundo a Fecombustíveis, o avanço do Primeiro Comando da Capital (PCC) no comércio de combustíveis também causa preocupações para os representantes. Investigações da polícia apontam que a facção criminosa já controla mais de mil postos de gasolina no estado de São Paulo. As entidades, unidas, pretendem acompanhar o andamento das pautas no Poder Legislativo e Executivo e, assim, garantir um mercado mais justo e leal para os empresários do ramo.

“O Brasil tinha 200 distribuidoras há pouco tempo e esse número saltou para 700. A maioria absoluta, 90%, é de pequenas distribuidoras, que se utilizam da sonegação para vender um produto de forma incorreta, mais barata. Elas começam a sonegar e, quando estão devendo muito, fecham o CNPJ, abrem uma nova empresa e voltam a fazer a mesma coisa. O prejuízo com essa operação ilegal chega a R$ 250 bilhões de sonegação no setor”, aponta o presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares.

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