O custo da cesta básica, conjunto de alimentos essenciais para a manutenção de um trabalhador e sua família durante um mês, subiu em 10 capitais no mês de fevereiro. É o que mostra a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta sexta-feira (6) e feita mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 17 cidades. As altas mais expressivas foram nas cidades do Nordeste e do Norte: Fortaleza (6,83%), Recife (6,15%), Salvador (5,05%), Natal (4,27%) e Belém (4,18%). Já na capital federal, o valor da cesta básica foi de R$ 481,78, com leve queda mensal de -0,29.
Para bancar o essencial, uma família de quatro pessoas deveria receber pelo menos R$ 4.366,51, ou 4,18 vezes o salário mínimo atual, de R$ 1.045. Ao comparar o custo da cesta e o salário líquido (descontada a Previdência Social), o Dieese estimou que quem ganha o piso nacional comprometeu 46,91% da remuneração, em fevereiro. As principais quedas foram no Centro-Sul: Campo Grande (-2,75%), Vitória (-2,47%), Porto Alegre (-2,02%) e Goiânia (-1,42%). A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 519,76), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 505,55) e Florianópolis (R$ 493,15). Os menores valores foram em Aracaju (R$ 371,22) e Salvador (R$ 395,49).