Francisco Maia, Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)
O comércio, antes de sua atividade mercantil, tem origem no calor da relação humana.
A palavra remete originalmente a um lugar onde todos se encontravam para ter informações e trocar bens e serviços. Nas Praças de Comércio, todos se informavam das boas e más notícias, como as dos bons preços ou daqueles que ficavam com o “nome sujo na praça”. A praça do Distrito Federal vai bem. Celebramos nossos 100 dias na presidência da Fecomércio-DF com grandes desafios, mas empenhando enormes projetos e esperanças. A Federação é composta por sindicatos e o nosso plano de trabalho é defender o empresariado.
Temos 28 sindicatos vinculados à nossa base, cerca de 90 mil empresas ligadas aos setores, que representam 93% do PIB privado. Retomamos um excelente diálogo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e entrosamento profícuo na gestão do governador Ibaneis Rocha. Antigas reivindicações, que pareciam insolúveis, foram conquistadas. Como a assinatura do decreto que institui a alíquota de 3% de arrecadação do ICMS para o comércio atacadista do DF. Essa tributação já foi de até 5%. O autógrafo governamental cria uma isonomia fiscal, pois equipara o DF ao estado vizinho e evita que empresas instaladas aqui se transfiram para Goiás, em busca de uma carga tributária menor.
Outra boa conquista do relacionamento saudável que temos com a administração da capital federal foi a assinatura do projeto de lei que extingue o Diferencial de Alíquota (Difal) em operações realizadas por optantes do Simples Nacional. O objetivo da revogação é eliminar a cobrança do ICMS – correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual – nas operações com mercadoria proveniente de outra unidade da federação. Assim como ensina o mestre Eça de Queiroz, todos nós, que sempre nos encontramos em torno das praças do Comércio, temos inspirações em virtudes próprias: a economia, a boa-fé, a exatidão, a ordem e a atividade leal.