No momento de retomada do desenvolvimento econômico, o Distrito Federal se prepara para exercer todo o seu potencial no campo da Economia Criativa. Considerado importante polo com vocação para esse segmento, as cidades acumulam prêmios em categorias culturais, arquitetônicas, turísticas e possuem espaços públicos considerados ideais para a implementação de práticas inovadoras. Esses e outros aspectos de Brasília e das Regiões Administrativas que integram o quadrado no mapa brasileiro foram destaques na oitava edição do Fórum Econômico Pós-Pandemia, realizada nesta quarta-feira (29), promovida pela Secretaria de Economia do DF.
Com participação da coordenadora das Câmaras Empresariais da Fecomércio-DF, Caetana Franarin, e da arquiteta e urbanista mestre em Desenvolvimento Sustentável, Fernanda Messias, o bate-papo online contou com a mediação da secretaria- executiva de Acompanhamento Econômico do DF, Patricia Café, que representou o secretário de Economia, André Clemente.
Pela Câmara de Economia Criativa da Fecomércio-DF, Franarin destacou as ações em curso que irão nortear os trabalhos do setor, interrompidos pela pandemia. Segundo ela, duas propostas legislativas e um estudo abrangente com a Universidade Católica facilitarão a execução de ações concretas. Um dos projetos de lei em andamento foca na criação de cinco distrito criativos no DF. Com apoio direto do GDF, empresários do ramo terão subsídios e estímulos para se instalarem em espaços específico. Outra proposta de lei mira na transformação de Brasília na capital do turismo cívico, assim como sua cidade irmã, a norte-americana Washington (EUA).
“A pandemia nos trouxe mais maturidade e mostrou que a Economia Criativa não é para amadores. Aqui no DF temos a sorte de ter um secretário (André Clemente) que possui uma visão peculiar sobre a transversalidade dos diferentes tipos de economia, como a criativa, a circular e a cultural. Ele sempre foi muito receptivo com todas as nossas demandas”, destacou a coordenador da câmara temática da Fecomércio. Segundo ela, a Economia Criativa engloba diretamente 17 setores, além de outros 12 indiretamente.
A arquiteta Fernanda Messias abordou um estudo feito para a Secretaria de Turismo e destacou que momento é propício não só para o Brasil, mas para todo mundo, já que a ONU classificou 2021 como sendo o ano da Economia Criativa para o desenvolvimento sustentável. “Calhou de cair no meio da pandemia, talvez porque a gente tenha que pensar diferente do que a economia vem sendo pensada até então”, disse.
Messias frisou que as mudanças e adaptações provocadas nesse período irão ditar novos comportamentos, como manutenção do home office, das aulas online, utilização de espaços públicos abertos, além de padrões de consumo. Segundo ela, o DF tem grande potencial para se adaptar às 20 tendências elencadas pela revista inglesa The Economist para os próximos anos.
Ao final do debate, a secretaria-executiva de Acompanhamento Econômico do DF elogiou o conteúdo das palestras e destacou que parte do que foi dito já está encaminhado pela Pasta. Ela lembrou das ações do GDF inseridas o programa Pró-Economia 1, que consiste em um pacote de medidas para combater os efeitos da crise. Entre elas o diferimento de impostos e redução nas alíquotas para diferentes setores atingidos pela pandemia.
O encontro desta quarta-feira (29) foi a oitava edição do Fórum Pós-Pandemia, que já recebeu os setores de transporte; construção civil e imóveis; moda e vestuário; turismo, hospedagem e gastronomia; tecnologia da informação e comunicação, inovação e startups. Estão previstos 13 encontros para abranger todo o setor produtivo do DF.