Francisco Maia, Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)

A maneira como o homem, maior predador da Terra, maltrata o planeta cria condições de autodestruição para a humanidade. Há mais de 400 anos ele sacrifica os rios, violenta a fauna, agride as árvores. Mais recentemente, libera substâncias tóxicas e como se não bastasse, inventou o plástico. E, muito pior: a sacola de plástico.

Essa má invenção foi criada em 1970. No meio ambiente, demora 300 anos para se biodecompor e, quando deixada na natureza, se confunde com alimentos e mata muitos animais. Como uma bomba relógio para o futuro, hoje se produzem entre 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas, sendo que 12 bilhões, só no Brasil.

O comércio e os empresários de Brasília sentiram a responsabilidade de salvar o planeta. Um projeto elaborado pela Fecomércio- DF, junto com o Sindicato dos Supermercados (Sindsuper-DF) e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), foi apresentado pelo deputado distrital Leandro Grass (Rede) e aprovado pela Câmara Legislativa do DF. O projeto adota uma nova cultura na capital do país que estimula a utilização de sacolas de uso permanente. Os comerciantes poderão vender as bolsas reutilizáveis, fabricadas de forma resistente e que suportem bem o peso dos produtos. Nosso projeto só precisa da sanção do governador para virar lei. A nossa Lei da Brasília Sem Poluição.

A proposta estabelece um prazo de 12 meses para implementação, mas é urgente a necessidade de criar alternativas criativas imediatas. Estamos acostumados a receber sacolas plásticas fornecidas pelos supermercados, mas precisamos nos conscientizar quanto à finalidade e descarte dessas sacolas.

A conservação da natureza se inicia nas pequenas decisões do dia-a-dia. Às vezes, o olhar para uma sacola de plástico faz a diferença. O progresso só se envolve com a tecnologia sem se permitir sentir o meio ambiente. Quem herdará o progresso? Não haverá mais homens nem tecnologias se não houver uma natureza pura que os sustente.

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