Foi realizado nesta sexta-feira (26), em Brasília, o 1º Encontro Sindical Fecomércio-DF e CNC. O evento teve ampla adesão dos sindicatos patronais da base da Federação do Comércio, que lotaram o auditório da instituição, com seus representantes para acompanhar assuntos pertinentes ao sistema sindical brasiliense e nacional. Foram debatidos temas como reforma trabalhista e suas implicações práticas nas convenções coletivas, e os benefícios do programa Sistema de Excelência em Gestão Sindical (Segs), da Confederação Nacional do Comércio. O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, abriu o encontro e falou da importância da reinvenção e modernização das entidades representativas.
Francisco Maia ressaltou a necessidade dos sindicatos patronais se aproximarem ainda mais dos empresários de seus respectivos segmentos. Desde o início, a atual gestão da Fecomércio vem trabalhando para priorizar os sindicatos, buscando fortalecimento da base e união do setor. “Trouxemos os sindicatos de volta para Fecomércio, fazendo uma agenda diária de trabalho. É necessário buscar associados, aproximação com o empresário. Nós estamos criando essa estrutura no sentido de ajudar todos os sindicatos da base”, disse Francisco Maia. Além disso, o presidente agradeceu o apoio da CNC e destacou que esse foi apenas o primeiro de muitos encontros para fortalecer o comércio.
O assessor da Divisão Sindical da CNC, Mateus Dornelas, explicou aos presidentes de sindicatos a importância do programa Sistema de Excelência em Gestão Sindical (Segs), que busca incentivar o desenvolvimento da excelência na gestão e atuação dos sindicatos. Segundo Mateus, o programa funciona de forma prática e maximiza a rotina das entidades. “Trabalhamos com eixos, entre eles: relação sindical, atuação legislativa, comunicação, representação, produtos e serviços. Está dentro do contexto dos sindicatos. Todo o programa foi concebido dentro desses eixos. Todos os processos que estão ali fazem parte do dia a dia dos sindicatos. É um processo de evolução e inovação para gerar resultado”, explicou.
Já o advogado da CNC, Roberto Lopes, destacou que a reforma trabalhista trouxe um instrumento de flexibilização das questões, no sentido de propiciar um ambiente saudável. Dentro desse contexto, o diálogo se tornou muito importante, já que as novas regras trouxeram uma diminuição da tutela estatal. “Certos direitos podem ser acordados diretamente, e os demais por meio da convenção coletiva com participação dos sindicatos. A negociação coletiva é uma forma de superação de conflitos que desempenha uma função social de grande relevância”, disse. “A hora extra pode ser decidida por convenção coletiva ou acordo coletivo e por acordo individual, assim como o banco de horas para compensação em até seis meses. Já o parcelamento de férias, em até três vezes, pode ser feito apenas por acordo individual, como também o horário de intervalo de descanso para trabalhadora lactante”, concluiu o advogado Roberto Lopes.
O presidente do Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese-DF), Augustus Bruno Von Sperling, acompanhou o encontro e destacou a quantidade de informações úteis aos sindicatos patronais. “Percebo que os sindicatos estão mais perto das ações da Fecomércio. A gente acaba se sentindo parte do processo e temos mais convicção para poder ajudar”, disse. “Estou preocupado em como atrair o associado e acredito que o sistema de excelência em gestão sindical é um caminho interessante. Vou tentar inserir o sindicato nessa realidade”, completou.