Francisco Maia
Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)

A História ensina que sair das guerras é muito mais difícil do que vencê-las. Ressurgir do escombro econômico exige esforço e criatividade política. Assim será a vida dos que produzem, vendem e consomem após a destruição que o Covid-19 provocou. Na reconstrução, é necessário descobrir os caminhos que levem à paz entre interesses e urgências. É impossível alcançar a paz enquanto a sociedade estiver dividida entre injustiça e segurança; privilégios e abandono. Um lugar, enfim, em que a paz atenda pelo singelo nome de justiça social.

O passado costuma ter sempre algumas boas lições para o futuro. O Brasil, nos anos da década de 1940, viveu enormes transformações com o fim do fascismo no mundo e a deposição da ditadura Vargas, no Brasil. Época de liberdades e conflitos por demandas sociais reprimidas. Donos do capital na indústria, campo e comércio perceberam que a melhor forma de limar as arestas que a insatisfação popular criara, era produzir um plano de ação social para o Brasil. Após o projeto na Carta Econômica de Teresópolis, em 1945, presidido por João Daudt d’ Oliveira, a ideia ganhou vida um ano depois. Uma reunião de sindicatos patronais e de empregados, em Belo Horizonte, redigiu a Carta da Paz Social. Estavam prontos os instrumentos com os quais o capital e o trabalho poderiam trabalhar juntos com formação de mão de obra, saúde e lazer para os trabalhadores.

Assim nasceram o Senac e o Sesc. Em 10 de janeiro de 1946, a Confederação Nacional do Comércio instalou no país, as primeiras escolas de aprendizagem comercial. No mesmo ano, o Presidente Eurico Gaspar Dutra autorizou a CNC a criar o Serviço Social do Comércio – Sesc. Essas duas instituições estão mostrando que o bom remédio para as crises de guerra, ainda faz efeito. Para o futuro dos negócios, é bom lembrar a receita de Barão de Mauá, pai dos empreendedores no Brasil: “O melhor programa econômico de governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem”.

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