A Intenção de Consumo das Famílias do Distrito Federal (ICF-DF) registrou a segunda alta consecutiva no mês de setembro e atingiu o maior patamar em 12 meses. O índice subiu 3,4% em relação a agosto, com 73 pontos. Embora esteja abaixo da zona de satisfação (100 pontos), o cenário revela otimismo se comparado ao mesmo período do ano passado, quando contabilizou 65 pontos. Na comparação anual, o crescimento é de 12,3%. Os dados foram medidos pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O ICF-DF é composto por sete indicadores. Seis deles apresentaram alta. O de perspectiva de consumo, por exemplo, avançou 10,4% no mês. Segundo a economista responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro, esse índice foi puxado pelo maior número de pessoas assalariadas na faixa de famílias que recebem mais de 10 salários mínimos. Entre as que recebem menos de 10 salários, o Auxílio Brasil se mostrou eficiente.
Os demais indicadores positivos se referem à percepção do emprego atual (3,2%), perspectiva profissional (1,5%), renda atual (4,1%), compra a prazo (0,8%) e nível de consumo atual (4,4%). O único que apresentou queda está ligado à compra de bens duráveis, que registrou -2,7%. “Isso porque são bens originalmente mais caros e que ficaram mais caros ainda devido ao nível inflacionário, além de estarem atrelados aos juros”, completou a economista.