A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) brasilienses teve segunda alta consecutiva em outubro. O índice subiu 2,4% em relação a setembro e atingiu a marca de 66,6 pontos, maior patamar registrado no segundo semestre de 2021. Apesar da alta, o ICF permanece abaixo da zona de satisfação (100 pontos) desde fevereiro de 2020, quando registrou 103,8 pontos. Os dados são de pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, credita o aumento do ICF à flexibilização das medidas restritivas e ao avanço da vacinação. “Esses fatores estão ajudando a reaquecer a nossa economia local”, afirma.

A economista responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro, explica que o índice foi puxado principalmente pelos itens relacionados ao mercado de trabalho, que são Emprego Atual (+2,1%) e Perspectiva Profissional (+4,9%). “Esses aumentos revelaram uma confiança cada vez maior das famílias na recuperação do emprego no curto e longo prazo”, detalha. Além disso, este foi o segundo mês de crescimento do Emprego Atual e o quinto mês que a Perspectiva Profissional cresceu.

Diferentemente dos resultados nacionais, as incertezas econômicas como inflação e alta de juros, ainda não foram totalmente refletidas na pesquisa de outubro do DF. “Isso demonstra que a demanda reprimida local levou as famílias a continuarem consumindo, apesar das dificuldades. A redução do poder de compra e o maior custo das dívidas ainda não levou as famílias a retraírem o consumo, apenas a terem maior cautela”, completa Carneiro.

De acordo com a pesquisa da CNC, o ICF nacional ficou estável em outubro após quatro meses consecutivos de alta, atingindo 73,2 pontos. Apesar da falta de variação, o índice apresentou o maior nível desde março de 2021, quando registrou 73,8 pontos, e superou os 68,7 pontos de outubro de 2020.

 

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