O trabalho informal é a principal forma de ocupação em 11 estados do País, atingindo a taxa de 41,1% em todo Brasil, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas. No Distrito Federal, o índice ficou em 29,6%, a maior taxa desde 2016, quando chegou a 26%. É o que informa pesquisa divulgada nesta sexta-feira (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as unidades da federação, as maiores taxas de informalidade em 2019 foram registradas no Pará (62,4%) e Maranhão (60,5%)
O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF) reconhece o atual cenário de dificuldade econômica do País. Entretanto, o sindicato destaca que o trabalho informal, principalmente no comércio, atrapalha muito o empresário que está em dia com os seus impostos. Segundo o presidente da entidade, Jael Antonio da Silva, o crescimento de informalidade no segmento de alimentação fora do lar, assim como em outros segmentos da economia, é exponencial.
Jael informa que no DF é comum encontrar pessoas que montam uma barraca, colocam um isopor e uma churrasqueira e começam a vender comida, sem nenhuma fiscalização. “São barracas em todos os lugares. É uma concorrência irregular e desleal, já que não pagam impostos. Além disso, gera uma insegurança alimentar enorme para a população”, diz. “Ninguém sabe a procedência daquele alimento. Será que as carnes vêm de matadouro clandestino? Como é feito a armazenagem daquele alimento? O Estado precisa tomar uma providência urgente”, enfatiza. O presidente do Sindhobar diz ainda que para começar a trabalhar com alimentação é preciso seguir regras: procurar o Sebrae para se informar e se regularizar para dar legitimidade ao seu negócio de forma legal.