A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou, em julho, leve aumento de 0,1% (120,6 pontos) na comparação com junho e queda de 3,5% em relação a julho de 2013. O pequeno aumento representa uma estabilidade para o índice, em queda desde janeiro de 2014. Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a desaceleração recente da inflação de alimentos e os efeitos temporários produzidos pela Copa do Mundo podem ter auxiliado na manutenção geral das perspectivas.

O índice permanece acima da zona de indiferença (100 pontos) e ainda indica um nível favorável. “É necessário enfatizar que, apesar do resultado positivo de julho, a percepção das famílias não muda tão rapidamente. As perspectivas para emprego e consumo seguem desaquecidas. O componente Perspectiva Profissional teve o menor valor da série histórica (117,8 pontos), e o Nível de Consumo Atual apresentou insatisfação das famílias (abaixo de 100 pontos)”, explica a economista da CNC Juliana Serapio.

O item sobre consumo de bens duráveis teve a maior queda na comparação anual (-13,4%) e registrou novamente o menor patamar de sua série histórica (105,7). Para a economista da CNC, esse comportamento é um reflexo do encarecimento do crédito. “A taxa de juros para pessoas físicas atingiu, em sua última divulgação, o maior valor desde julho de 2011”, afirma Serapio.

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