O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) chegaram a um acordo nesta sexta-feira (11). Eles sugerem que as assembléias locais aceitam a proposta de reajuste de 8% e 8,5 no piso e compensação dos dias parados. A categoria dos bancários do Distrito Federal se reunirá nesta segunda-feira (14), às 17h30, para decidir se aceitam a proposta ou continuam com a greve.
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a proposta é positiva. A instituição orienta os sindicatos da categoria a aceitarem o acordo, encerrando a greve que completou 23 dias nesta sexta-feira (11). A maior dos últimos 20 anos. A reivindicação inicial dos bancários era de uma elevação salarial de 11,93% (aumento real de 5%), piso de R$ 2.860,21 e participação nos lucros de três salários base, mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15.
Paralisação afeta comércio.
O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, defende que a categoria deveria fazer acordos salariais mais longos, assim diminuiria a pauta de reivindicações. “Outro tipo de pacto entre as instituições responsáveis deveria ser estudado. A paralisação bancária é recorrente e causa uma estagnação das atividades econômicas, prejudicando os consumidores e os empreendedores de Brasília”, ressalta Adelmir Santana.
A paralisação dos bancários já afeta a captação de crédito no País, em setembro a demanda por crédito encolheu 9,8%, segundo dados da Serasa Experian. Os correntistas também enfrentam dificuldades para movimentar as suas contas e sacar os salários, que começaram a ser pagos no dia sete, o que reflete no fluxo de caixa dos lojistas que sempre esperam uma renda maior no período de pagamento.