Tradição cultural milenar, a riqueza da arte circense se reinventa e resiste através do tempo. Em diálogo constante com um público de todas as idades, as cores e o riso da 17º edição do Sesc Festclown ocuparão os palcos de Brasília entre os dias 22 e 26 de maio. Trinta companhias nacionais e internacionais realizarão uma série de apresentações gratuitas, em diferentes espaços e regiões da cidade. O evento será realizado, de forma inédita, em todos as unidades do Sesc: Presidente Dutra (Setor Comercial Sul), Gama, Samambaia, Ceilândia, Taguatinga Norte e Sul, Guará, 913 e 504 sul, além da Funarte, Hospital da Criança e zonas rurais.

O diretor regional do Sesc-DF, Marco Tulio Chaparro, ressalta que cada vez mais a instituição se mostra como grande protagonista da difusão da cultura na capital federal. “Eventos como o Sesc Festclown tem uma procura muito grande e notamos que Brasília sente a falta de mais opções culturais”. Chaparro reforça ainda o caráter democrático do festival, descentralizando os espetáculos do Plano Piloto e levando para várias regiões administrativas do DF. “O Sesc-DF trabalha para tornar a cultura mais acessível em regiões que geralmente são muito carentes”, enfatiza.

Este ano o Sesc Festclown vai ter atrações inéditas, como o artista indígena Ismael Apract Krahô, que se apresenta como Palhaço Hotxuá. O espetáculo Xabisa também se destaca pelo ineditismo e por ser formado por uma dupla de artistas que trazem a cultura afrobrasileira para a palhaçaria. Segundo a coordenadora de Cultura do Sesc-DF, Andrea Campos, o festival manterá o formato tradicional, mas focado no aspecto sócio-cultural. “Vamos realizar programações em todas as unidades do Sesc, mesmo aquelas que não tem equipamento cultural, como um teatro. A ideia é também intensificar as apresentações em hospitais infantis e na zona rural. Vamos continuar valorizando os espetáculos tradicionais por meio da lona de circo, além, claro, de dar espaço para os novos artistas da arte da palhaçaria. O Sesc garante a cada edição diversidade de atrações para o público”, conta.

Andrea explica que o festival se consagra como importante espaço de diálogo e trocas artísticas, além de se transformar em ponto de encontro para aqueles que buscam a transformação por meio do riso. “No Sesc Festclown o humor se coloca como ferramenta para proporcionar mudança e permitir que a descontração se transforme em caminhos e ideias”, ressalta. O formato do projeto deste ano vai trazer um recorte cultural que envolve a arte da palhaçaria de forma segmentada. Andrea destaca ainda que a pluralidade de estéticas aliada à expectativa de público presente faz acreditar que a arte do palhaço não morreu e nem vai sofrer esse risco. “Este ano vamos dar espaços a grupos de palhaços indígenas, por exemplo. O palhaço Hotxuá é uma figura muito representativa e respeitada dentro de sua etnia. Nossa ideia é apresentar um ineditismo de obras às plateias que todo ano comparecem ao festival.”, finaliza.

Outro destaque da programação são as oficinas de teatro. Entre os dias 22 e 26 de maio, das 9h às 13h, a oficina “O ator na rua”, será ministrada pelo Grupo Lume, no Sesc Presidente Dutra (SCS). Já o Sesc Estação 504 Sul recebe a oficina de mímica do grupo Etc e Tal, dias 23 e 24 de maio, das 14h às 18 horas, além da oficina “Onde eu botei o meu nariz?”, do grupo Marias da Graça, nos dias 25 e 26 de maio, das 9h às 13h. Para participar o interessado deve enviar o nome completo, qual oficina tem interesse e também o número de telefone, RG e CPF para o e-mail: [email protected]. A oficina do grupo Marias da Graça oferece 12 vagas, já as dos grupos Lume e Etc e Tal, 20 vagas cada, que serão preenchidas por ordem de recebimento dos pedidos de inscrição.

Confira a programação aqui.

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