Representantes de hotéis e do setor produtivo local, capitaneados pela Fecomércio-DF, se reuniram na tarde desta quinta-feira (22), com o secretário de segurança pública do DF, Anderson Torres, na sede da secretaria, localizada na Asa Norte. A Federação do Comércio apresentou apoio às ações do DF Legal na área central de Brasília, que visam a revitalização de espaços, como é o caso do Setor Comercial Sul (SCS). Hoje, a área sofre com o aumento de ocorrências, que envolvem assaltos, arrombamentos e furtos; além do número elevado de traficantes e usuários de drogas na localidade.

O presidente da Fecomércio-DF, também presidente da Câmara de Turismo e Hospitalidade da Federação, Francisco Maia, disse que a entidade e os seus sindicatos apoiam ações para garantir segurança e o bem-estar da comunidade. Segundo Francisco Maia, a aglomeração de usuários de drogas é um problema que precisa de soluções. “Infelizmente, estamos com um índice de insegurança muito alto nas áreas dos hotéis da cidade, especialmente no SCS, área central da capital do País. São assaltos que intimidam os empresários. O objetivo da reunião foi apoiar as ações da secretaria e pedir que haja uma intensificação policial nas áreas citadas, para que possamos gerar emprego e renda na cidade”, explica o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia.

O secretário de segurança, Anderson Torres, ressaltou que o apoio do setor produtivo é essencial para a realização do trabalho da polícia e da secretaria. “Reforçamos o compromisso do governador Ibaneis Rocha em tornar o centro da capital Federal uma referência para todo o Brasil, em conjunto com as diversas entidades também interessadas nesse objetivo. Continuaremos trabalhando de forma integrada para que esses espaços históricos sejam cada vez mais valorizados, pois Brasília merece esse destaque”, disse Anderson.

O Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes, instituição da base da Fecomércio-DF, também esteve na reunião, representado pelo seu presidente, Jael Antonio da Silva. “Além de apoiar o trabalho da pasta, fizemos uma reivindicação sobre a segurança. Estamos observando um aumento no número de arrombamentos de veículos e de estabelecimentos no Setor Hoteleiro Sul e Norte, além dos que ocorrem no Setor de Clubes. No período em que os restaurantes e bares estiveram fechados, por conta da pandemia, os arrombamentos foram frequentes. O SCS é outro ponto de calamidade: hoje vive um verdadeiro absurdo”, disse Jael Antonio da Silva.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH-DF), Henrique Severien, informa que a situação no SCS atinge diretamente os hotéis que ficam próximos do local. Ele também destacou que a secretaria está alinhada com os anseios dos empresários e da população. “A SSP-DF está realizando um trabalho muito bom. Estão conscientes e presente. O problema é que o assunto depende também de outros trabalhos, que envolvem diversos órgãos, como a defensoria pública, secretaria de justiça, entre outros. Também precisamos de um maior empenho por parte da sociedade, em manifestar a importância da preservação daquela região, que hoje, infelizmente está interferindo de maneira negativa nas atividades econômicas”, disse Henrique.

A prefeitura do Setor Comercial Sul explica que a falta de segurança aumentou a evasão de empresários da localidade. Segundo dados da prefeitura, existem, na totalidade, 7 prédios com salas vazias em toda a extensão da área. “Vamos entrar na briga, não vamos mais deixar o governo lutar sozinho. Temos que acabar com a falta de segurança e começar uma reforma séria, principalmente na Quadra 5”, disse a vice-prefeita, Anice Hanna Halum Elias. O prefeito do SCS, Dermeval da luz, lembrou que a situação não vem de agora. “Eu já vi muitas brigas por causa de ponto de droga. Esse é um assunto complicado. Por esse motivo, a valorização do imóvel caiu demais”, disse.

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