Agir de forma ética deveria ser rotina. Em vez disso, temos nos preocupado mais com palavras de efeito do que com a moral em nosso dia a dia. Combater a corrupção e a crise de valores existente na atualidade precisa ser um exercício diário, maior do que as críticas proferidas nas redes sociais ou nos corredores das empresas. Denunciar é um caminho, mas ainda é preciso promover a conscientização dos indivíduos e a prática daquilo que é certo. Infelizmente, milhares de cidadãos, em todas as partes do País, preferem simplesmente ignorar o bem-estar coletivo. Quando os problemas aparecem, a culpa é sempre de terceiros.

Esse tipo conduta tem provocado um atraso de décadas no nosso desenvolvimento. O motorista que bebe e dirige, para citar um caso rotineiro, não está somente indo contra a legislação, mas reforçando a cultura da impunidade, ampliando os gastos do Estado e contribuindo para uma ameaça maior: tirar a própria vida ou de outra pessoa. E a autoridade que desvia recursos públicos ou faz o jogo de interesses e de cargos? Está impedindo a manutenção de hospitais, creches e escolas, além de protagonizar uma política rasteira, que envergonha a nação e afasta as pessoas de bem da verdadeira política, aquela com causa e finalidade social.

O remédio para esses problemas está no enfrentamento. É preciso urgentemente enfrentar esse quadro de falência dos valores pelo qual o Brasil passa. Há um clamor da maior parte da população em torno da ética e dos princípios morais que devem reger a vida em sociedade. Temos que agir antes que o descrédito do povo nas instituições e na política seja irreversível. Até quando vamos assistir calados ao circo e à farra desses corruptos, em belas mansões, com o dinheiro público? Temos que ir à luta contra a corrupção. Ética e cidadania precisam ser disciplinas reforçadas em todos os ambientes, desde a infância até a vida adulta.

Adelmir Santana – Presidente da Fecomercio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

Brasília, 04 de março de 2013

Publicado originalmente no Jornal de Brasília 04/03/2013

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