Para a CNC, as taxas de juros em patamares mais baixos constituem um fator favorável à queda da inadimplência, assim como a sazonalidade do período. O recebimento do décimo terceiro salário favorece o pagamento de contas em atraso também.
A inadimplência também apresentou queda em ambas as bases de comparação. Dentre as famílias entrevistadas, 22,8% relataram possuir dívidas ou contas em atraso em dezembro de 2018, em comparação com as 22,9% em novembro do ano passado e 25,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O mesmo comportamento foi observado entre as famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes: uma queda dos 9,5% em novembro para 9,2% do total em dezembro passado. O indicador havia alcançado 9,7% em dezembro de 2017. O cartão de crédito ainda segue como principal tipo de dívida, apontado por 78,1% das famílias entrevistadas. Em seguida, vêm os carnês (14,7%) e, em terceiro lugar, o financiamento de carro (10,2%).
A proporção das famílias que se declararam muito endividadas registrou queda em relação a novembro, passando de 12,8% para 12,4% do total de entrevistadas. Na comparação anual, a queda foi de 1,7 ponto percentual. Comparando dezembro de 2017 com dezembro de 2018, a parcela que declarou estar mais ou menos endividada passou de 23,0% para 23,1%, e a parcela pouco endividada passou de 25,1% para 24,3% do total de famílias.