O comércio foi o setor mais procurado pelos empreendedores individuais registrados em 2011, como mostra levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na prática, isso significa não só a entrada de novos empreendedores no mercado de trabalho, mas também a legalização de trabalhadores que antes pertenciam à informalidade. No Distrito Federal, 34,6 mil pessoas se registraram no ano passado como empreendedores individuais. Isso coloca o DF em quarto lugar entre os municípios com maior número de inscrições no programa.

Ainda conforme a divulgação, as atividades mais procuradas para registro estão ligadas ao comércio varejista de vestuário e acessórios. Os empreendedores individuais também se registraram como cabeleireiros e donos de lanchonetes, entre outros. Esse fato demonstra a vocação do País para os setores de comércio e serviços. Em Brasília, particularmente, essa inclinação é ainda mais forte, principalmente em razão de a capital concentrar o maior Produto Interno Bruto per capita do Brasil e apresentar um expoente mercado interno de 2,5 milhões de habitantes. Tudo isso ajuda a aquecer o comércio.

Como propulsores da economia brasiliense, os micro e pequenos empresários, assim como os empreendedores individuais, necessitam de uma série de medidas para expandirem os seus negócios. Uma das mais importantes seria a desburocratização. Os pequenos e microempreendedores ainda encontram na burocracia um grande obstáculo.

Outra questão seria a facilitação, por parte do governo, da participação das pequenas empresas como fornecedores nas compras do Estado, dividindo o montante das compras em parcelas menores. Isso está na lei, mas não é respeitado. Essa facilitação permitiria a participação de pequenas empresas no processo e representaria um forte estímulo para a economia e sustentabilidade das mesmas.

Já no que se refere ao empreendedor individual, a maior divulgação e esclarecimento quanto aos benefícios do registro e um investimento maior na capacitação dos novos empresários seriam medidas eficazes. A facilidade de acesso ao microcrédito também é uma questão a ser mais trabalhada.

A aplicação de tais medidas contribuiria sobremaneira para o fortalecimento e crescimento do número de empreendedores individuais no DF, bem como de micro e pequenos empresários. Se conseguirmos implantá-las ainda este ano certamente ocuparemos a primeira posição na próxima lista de registro de novos empreendedores.

*Publicado originalmente no Jornal de Brasília – 09/01/2012

Brasília, 09 de Janeiro de 2012

Adelmir Santana Presidente do Sistema Fecomercio-DF

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