O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes, ministrou uma palestra sobre a Reforma da Previdência e os pontos defendidos pela CNC para os diretores da Fecomércio-DF, durante a Reunião de Diretoria da entidade, realizada na sede da Federação, na noite de segunda-feira (6). O economista apontou que o país precisa de um regime de capitalização sustentável e híbrido. O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, explicou que a iniciativa faz parte de um esforço para trazer temas importantes para serem discutidos na Federação.
“Estamos trazendo profissionais da CNC para falar sobre temas relevantes. Hoje, nós estamos trazendo o economista da CNC, Fábio Bentes, um profissional de relevância nacional pra falar sobre Previdência Social e sobre o posicionamento da CNC”, destacou Francisco Maia. Durante a reunião, Fábio Bentes apresentou três aspectos defendidos pela Confederação Nacional do Comércio no texto da reforma. Um deles trata do estabelecimento da idade mínima de aposentadoria para todos. “Ponto que a CNC defende é a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres. Não foi esse o texto que avançou. As mulheres podem se aposentar com 62 anos”, explicou Fábio.
Ainda de acordo com o economista, outro aspecto importante é o tempo mínimo de contribuição de 30 anos pra todos os regimes. E por ultimo, o tratamento igualitário com o fim dos privilégios. “Um aposentado do setor publico ganha, em média, um beneficio 9 vezes maior que o trabalhador do regime privado. Esse tipo de distorção a gente entende que é um problema sério e vai ser fonte de reação ao texto que nesse momento esta na comissão especial da Câmara dos Deputados. Se quiser partir para um regime de capitalização, que é um regime mais sustentável, a gente tem 30 anos para trabalhar com um regime híbrido, onde o trabalhador vai contribuir para sua própria conta mas também vai contribuir para aquelas pessoas que se encontram aposentadas atualmente”, explicou.
Fábio Bentes disse ainda que a CNC defende uma Reforma da Previdência para evitar que uma penúria fiscal se instale de vez no País. “Todos os países que passaram por esse processo rápido de envelhecimento tiveram que ajustar suas contas. Um cálculo que o trabalhador conseguisse viver até o ultimo dia de sua vida. Nós, da CNC, não acreditamos que o modelo de capitalização seja viável nesse momento. Sem dúvida alguma ele é o melhor, gostaria de contribuir para minha própria Previdência, mas hoje eu não posso fazer isso porque eu tenho que financiar os aposentados. Sinceramente exigiria prazo de pelo menos 30 anos para que a gente gradualmente conseguisse passar de um regime de partição para o regime de capitalização, um regime mais sustentável”, defendeu Fábio Bentes.