O Brasil é um país reconhecido por sua diversidade cultural e capacidade de inovação. Essas duas características combinadas representam mais do que uma marca ou uma qualidade. Em tempos de mercados globalizados, esses recursos são considerados insumos de produção e fazem parte dos alicerces de um novo modelo de desenvolvimento econômico. A atividade produtiva fortemente influenciada por tecnologias modernas e baseada na criação, na inventividade e no conhecimento, recebeu o nome de economia criativa e tem sido responsável por transformar a realidade de grandes e expressivos países em todo o mundo.
Números de diferentes estudos revelam o tamanho do segmento.Segundo um trabalho feito pela consultoria PWC, em 2007, o setor cresceu a uma taxa mundial de 6,6% ao ano, acima da média da economia.No Brasil, de acordo com dados de 2011, o campo de trabalho da economia criativa é formado por 810 mil profissionais de 243 mil empresas, que juntos movimentam R$ 110 bilhões. Fazem parte desse mercado áreas como propaganda, edição, design, moda, cinema, música e tecnologia da informação, entre outras que têm a criação como produto ou ferramenta de produção. Essas atividades estão entre as que mais geram emprego e renda no mundo.
A economia criativa demanda um baixo consumo de recursos naturais e provoca um alto impacto na formação de mão de obra e na dinamização de outros setores. Em 2011, ao elaborar um plano estratégico para a Secretaria da Economia Criativa, princípios como a diversidade cultural, a sustentabilidade, a inovação e a inclusão social foram apontados pelo Ministério da Cultura como norteadores desse mercado. Diante do alto potencial criativo da popula- ção brasiliense e da vocação da cidade para os setores de Comércio e serviços, não restam dúvidas de que a economia criativa deve ser incluída como um importante vetor de desenvolvimento no DF.
Publicado originalmente no Jornal de Brasília 05/08/2013
Brasília, 05 de agosto de 2013.
Adelmir Santana – Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.