O Dia dos Pais promete aumentar o desempenho do comércio no Distrito Federal. Segundo pesquisa do Instituto Fecomércio-DF, 67,3% dos consumidores pretendem presentear durante a data, e 58% dos lojistas acreditam que as vendas serão melhores que as do ano passado. Essa expectativa representa um aumento de 21,3% em relação ao efetivamente vendido em 2022.

Em comparação com as vendas em dias normais, os dados são ainda mais animadores –  68,64% dos empresários esperam alcançar um desempenho maior; outros 30,62% acreditam que venderão como em dias regulares de comércio e 0,74% considera que as vendas serão menores.

A consulta foi realizada com representantes de 10 segmentos. São eles: artigos para presentes; vestuário; calçados; perfumaria; cama, mesa e banho; chocolateria; eletroeletrônicos; padarias; restaurantes; e supermercado.

“Ao analisar a série histórica, observamos que houve uma leve migração de lojistas que esperam ‘vendas maiores’ para ‘vendas iguais’, em torno de 5%, enquanto o percentual de ‘vendas menores’ é o mais baixo dos últimos cinco anos”, analisa o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.

SÉRIE HISTÓRICA DE EXPECTATIVA DE VENDAS POR PARTE DOS LOJISTAS

Valor do presente
A pesquisa do IF também detectou crescimento de 6,5% do ticket médio por parte dos consumidores, quando comparado ao valor realizado em 2022. Neste ano, o presente para os pais está na faixa de R$ 204,58, ante os R$ 192,10 do ano passado. 

As mulheres investirão mais nos presentes, alcançando um ticket médio de R$ 224,03, enquanto os homens pretendem gastar R$ 180,87. Além disso, quase metade dos consumidores deseja quitar as compras imediatamente, pagando em dinheiro (25,29%) ou no débito (21,22%). Porém, o meio de pagamento mais comum será o crédito (48,26%).

“O momento revela uma vontade de consumir, mas o cenário ainda impõe cautela dos dois lados – tanto do consumidor, quanto do comerciante. Ou seja, oferta e demanda estão em um processo de avaliar e ter absoluta certeza de que estamos ou estaremos, em breve, em uma nova fase de crescimento, com bases sólidas”, diz Aparecido ao comparar os dados da pesquisa. 

Os itens mais procurados serão calçados e acessórios (25,8%), cosméticos/perfumes (16,4%), eletroeletrônicos (12,5%), artigos para presentes/souvenirs (10%) e tortas/doces/bombons (8,1%). As lojas físicas de rua/bairro e shopping serão os locais mais utilizados para as compras, somando juntas 60,3% das intenções.

Sobre as experiências de consumo, o índice de recompra aponta que grande parte dos consumidores valoriza as oportunidades de desconto/promoção (46%) e qualidade do produto (28%). Na outra face, os motivos mais frequentes para não indicar uma loja serão os preços altos (53%) e a falta de produto (19%).

O estudo do IF apontou ainda que haverá alta circulação de clientes no final da semana, com preferência pelos sábados (34,8%), sextas (22,5%) e domingos (10,6%). No quesito horário, o período da tarde será o mais popular (54,4%), seguido pela manhã (27,9%) e, por último, o turno da noite (17,7%).

Assim como na consulta do último Dia das Mães, entre os consumidores que não possuem intenção de presentear (32,7%), 53% disseram que não tem a quem dar presentes. Na sequência, estão fatores como desemprego (22,3%), dificuldades financeiras (21,1%) e não gosta de presentear (3,6%).

Preços
Sobre os preços, 96% afirmaram que vão manter os valores, enquanto apenas 4% têm a intenção de aumentar, sob a justificativa de repasse de fornecedores (93,8%) ou aumento de impostos (6,2%). É esperado um ticket médio de R$ 203,63, valor um pouco menor que os R$ 207,05 alcançados em 2022.

Grande parte dos lojistas (83%) pretende investir em alguma estratégia de vendas para o Dia dos Pais. A principal delas será a diversidade de produtos (23,89%), seguida de divulgação e propaganda (19%), vitrine temática (18,04%) e promoção (17,56%). 

Metodologia
Os dados da pesquisa foram coletados entre 28 de junho e 19 de julho de 2023. A abordagem dos consumidores se deu de forma aleatória, em diferentes pontos de circulação do DF, com amostra de 511 respondentes.

Já a abordagem dos lojistas compreendeu uma amostra de 405 empresas de diferentes segmentos, concentradas em várias regiões do DF.

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