O momento é oportuno para transformar o Banco de Brasília (BRB) em uma verdadeira instituição financeira de fomento regional. Com a recente aprovação da Medida Provisória (581/12) que regulamenta o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO), o BRB se apresenta como o mais preparado para atuar como operador do crédito que será disponibilizado para fortalecer a região. Trata-se de um banco oficial público, sólido e com capilaridade, características que preenchem os pré-requisitos necessários para honrar o compromisso.
Estão previstos para o FDCO, já em 2013, recursos da ordem de R$ 1,4 bilhão para serem investidos em infraestrutura e logística. É importante ressaltar que a criação de uma nova instituição somente para gerir esse fundo traria mais gastos para o Estado brasileiro, além de atrasar a liberação da verba, sujeita à instalação e entrada em funcionamento de um novo agente financeiro. A Medida Provisória aprovada estabelece que o gestor do FDCO deve ser um banco oficial, mas não necessariamente federal, o que permite a inclusão do BRB como operador do crédito. Além disso, o Banco de Brasília leva em sua marca o nome da capital do Brasil e o sotaque do Centro-Oeste, e tudo isso agrega um simbolismo ainda maior para instituição.
Diversas lideranças políticas e autoridades da cidade, como o senador Rodrigo Rollemberg, o deputado federal Luiz Pitiman e o secretário de Fazenda Adonias dos Reis Santiago, têm se manifestado favoravelmente ao fortalecimento do BRB. É chegada a hora de transformar o Banco de Brasília num banco do Centro-Oeste. Voltado para apoiar o desenvolvimento econômico e a inclusão social em uma das regiões mais dinâmicas do País, detentora de uma agropecuária forte, de uma indústria crescente e de um setor de comércio e serviços pujante. Esse pode ser um novo marco no processo de interiorização do progresso brasileiro.
Adelmir Santana – Presidente da Fecomercio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.
Brasília, 11 de março de 2013
Publicado originalmente no Jornal de Brasília 11/03/2013