Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima aumento na oferta de vagas temporárias para atender a demanda de vendas neste fim de ano. No Distrito Federal, o nível de contratação deve atingir a marca registrada no período pré-pandemia. A previsão é que haja cerca de 1,8 mil postos de trabalho em diferentes segmentos.

Em 2020, a principal data comemorativa do comércio, o Natal, coincidiu com a segunda onda da pandemia do novo coronavírus. Isso fez com que a contratação de temporários para a data fosse a menor desde 2016.

O presidente do Sistema Fecomércio DF, José Aparecido Freire, explica que o movimento de retomada da economia se dá em virtude do avanço da vacinação e do fim das restrições no horário de funcionamento do comércio, que provocou aumento na circulação de pessoas.

Aparecido destaca que as contratações temporárias de fim de ano podem se tornar vagas definitivas, suprindo em parte as demissões que ocorreram ao longo da pandemia. “A expectativa é de termos um 2º semestre de 2021 parecido com o 2º semestre de 2019, influenciado pelas datas comemorativas e pelos feriados”, avalia o presidente.

Pesquisa nacional

De acordo com projeção da CNC, a estimativa é que haja contratação de 94,2 mil trabalhadores para atender ao aumento sazonal das vendas neste fim de ano.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que a mudança de cenário em 2021 renova a esperança dos varejistas. “Os estabelecimentos comerciais estão voltando a receber um fluxo maior de consumidores e, consequentemente, têm registrado avanços sucessivos nas vendas desde abril deste ano”, afirma Tadros.

Regionalmente, São Paulo (25,55 mil), Minas Gerais (10,67 mil), Rio de Janeiro (7,63 mil) e Paraná (7,19 mil) concentrarão mais da metade (54%) da oferta de vagas. Os maiores volumes de contratações deverão acontecer nos ramos de vestuário (57,91 mil vagas) e de hiper e supermercados (18,99 mil).

Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo, lembra que as lojas de vestuário, acessórios e calçados são, historicamente, as que respondem pela maior parte dos empregos temporários neste período do ano. “Enquanto o faturamento do varejo cresce em média 34% na passagem de novembro para dezembro, no segmento de vestuário o faturamento costuma subir 90%”, ressalta Bentes.

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