Por Francisco Maia

Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)

As versões da História muitas vezes a deformam e produzem vítimas inocentes. Sempre se creditou à ditadura de Getúlio e à inspiração fascista da Carta Del Lavoro, de Mussolini, o sistema de política social das grandes confederações patronais. Lamentável equívoco, imensa inverdade.

Uma outra carta, libertadora e revolucionária, a Carta da Paz Social, selou o nascimento dos serviços sociais do comércio, dando aos trabalhadores o Sistema S, e com ele o Serviço Nacional de Aprendizado Comercial -Senac -e Serviço Social do Comércio – Sesc -.

Logo depois do fim Segunda Guerra Mundial, era necessário encontrar soluções para o desenvolvimento econômico e também social. Foi quando setores produtivos realizaram a I Conferência de Classes Produtoras do Brasil – Conclap, em Teresópolis, no Rio de Janeiro. Desse encontro nasceu, em janeiro de 1946, a Carta da Paz Social, documento que estabelece a direção para o desenvolvimento com justiça social.

Desta forma surgiu o Sistema S, a maior engenharia de desenvolvimento social do mundo, produzido pela vontade do empresariado em chamar a si assumir responsabilidades que antes competiam apenas ao poder público.

Diante de intenções que podem vir a prejudicar os serviços sociais que a iniciativa privada presta à população, milhares de empresários buscam adesões em documento que defende o Sistema S. Quanto maior for o número melhor, porém o que mais interessa é a consciência que nação está tomando da absoluta necessidade dos serviços de educação, saúde e lazer que recebe.

Empresários pioneiros fundaram, em 4 de outubro de 1970, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal, liderados pelo empresário e intelectual Newton Rossi. Hoje reunimos 28 sindicatos, 2 associados, 150 mil identidades de empresas e representamos 94% do PIB da propriedade privada do Distrito Federal.

Sabemos dessa nossa responsabilidade. Temos a consciência que carregamos uma tocha que no final do caminho, outro a conduzirá.

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