O compromisso que assumimos em nossa vida sindical vai muito além do companheirismo e da luta por interesses de classe. Já faz décadas que vivi essa emoção. Entrar para um sindicato, lutar por uma categoria e ter voz em uma federação fez-me adulto em política pública. Compreendi o sentido pleno da cidadania.

Percebi que a cidadania se desenvolve pela convivência e que seu fim maior é a cultura. As origens da expressão cidadania surgem no latim “civitas”, significando “cidade”. Portanto, é da missão com a cidade que se veste nosso compromisso.

Sempre que lutamos pelos nossos interesses temos o inseparável acordo para o bem-estar da comunidade. Dependemos dela para ter crescimento e sucesso. Nosso lucro é o prêmio de sua capacidade de consumo equilibrado e justo. Somos empresários, mas antes, somos cidadãos. O engodo dos que estimulam a luta de classes não percebe que os empresários vivem da capacidade de produzir com felicidade e que os trabalhadores necessitam de alegria e qualidade de vida. Assim são grandes nações desenvolvidas onde o Brasil se espelha.

Brasília, que foi sonhada por Dom Bosco para ser o centro de uma pátria de fartura, necessita do apoio da Federação do Comércio para ser agradável e feliz. É nossa obrigação restituir a essa cidade o muito que já nos deu. Nossa geração e a que nos fez nascer criou essa cidade. Desde o pó do cerrado ao delicado desenho das curvas femininas do concreto de Niemeyer, aprendemos a amar Brasília.

Nada significa, portanto, o custo da noite iluminada pela Torre de Televisão que inaugurou o Natal Monumental, que a Fecomércio ofereceu a Brasília. Assim somos nós. Empresários reconhecidos a todos aqueles que nos ensinaram a fazer de Brasília uma cidade cosmopolita, rica em cultura e com qualidade de consumo. Devemos isso aos que chegaram para nos ajudar a construir essa Capital Monumental.

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