A primeira data comemorativa do segundo semestre promete movimentar a economia do Distrito Federal. A expectativa é positiva por parte dos lojistas e dos consumidores. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-DF, o Dia dos Pais deve ter um aumento de 21,5% nas vendas em relação ao ano passado. Quem for às compras pretende gastar em média R$ 192,10. O valor é 49,4% mais alto que em 2021 (R$ 128,58).

Ainda segundo o levantamento, realizado no início de junho com 500 empresários, 62,9% dos entrevistados têm expectativas de vendas maiores que 2021. Outros 35,9% acham que serão iguais. A apenas 1,2% esperam vendas menores. Já o ticket médio por parte dos lojistas ficou em R$ 207,05. O aumento é de 11% em relação ao ano anterior (R$ 186,42).

O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, explica que diversos fatores refletem a tendência de recuperação da economia local. “Neste mesmo período do ano passado, ainda vivíamos reflexos da pandemia. De lá para cá, muita coisa mudou. Além do retorno à normalidade em relação à circulação de pessoas, neste ano já registramos quatro altas consecutivas no Índice de Confiança do Empresário (ICE) e também a diminuição do desemprego, inclusive puxado pelo setor de comércio e serviços”, disse. “A tendência é que o segundo semestre seja melhor ainda que o primeiro”, completa o presidente.

Série História

 

Consumidores
O levantamento do IF mostrou que 63,2% dos 513 consumidores entrevistados pretendem presentear os pais neste ano. Neste universo, 66% das mulheres disseram que comprarão algum produto. Já entre os homens esse percentual é menor: 59%.

Entra a parcela que não irá presentear o pai, 26,46% disseram estar com dificuldades financeiras. Outros 51,31% não têm a quem dar o presente. Além disso, 13,23% disseram que estão desempregados, e 8,99% não gostam dessa data.

O dia preferido para ir às compras será o sábado (37,82%). Já o horário mais indicado será o noturno da tarde (51,85%). Os produtos mais escolhidos para presentear foram calçados/acessórios (31,2%); cosméticos/perfumes (19,1%) e vestuário e acessórios (9,9%).

 

As compras no crédito serão as mais utilizadas – com 39,2%, seguidas por dinheiro (32,4%) e débito (20,1%). Juntos, esses dois últimos somam 52,5%. Isso significa que mais da metade pretende quitar as compras imediatamente. Além disso, 7,1% devem usar o Pix/Transferência como forma de pagamento. Por fim, 1,2% disseram que vão utilizar o boleto para pagar o presente.

As lojas físicas de shopping e de rua/bairro serão os locais mais utilizados para a compra do presente, somando juntas, mais de 65%.

 

Lojistas
Entre os lojistas entrevistados, a maioria (71,5%) declarou que irá utilizar alguma estratégia para aumentar as vendas. Divulgação e propaganda (18,93%), vitrine temática (18,93%), diversidade de produtos (17,63%) e promoção (17,28%) são as ações principais.

Ao contrário dos consumidores, os lojistas esperam que as vendas sejam majoritariamente feitas no cartão de crédito (87,2%). Apenas 12,4% acham que a principal forma de pagamento será o débito.

A maioria dos lojistas (76,4%) indicou que irá manter os preços dos produtos em relação aos preços do ano passado. Repasse ao fornecedor é o principal motivo para o reajuste. A expectativa média de alta nos preços é de +10,47%. Já o dinheiro atinge a marca de 0,4%, na expectativa dos vendedores.

 

Dia dos Namorados
Pesquisa pós-vendas realizada pelo IF confirmou o aumento nas vendas no Dia dos Namorados de 2022. O índice bateu a marca de 15,2% a mais que em 2021. O aumento esperado era de 24,4%.

Já o valor do ticket médio registrado no pós-venda foi de R$ 266,90, muito próximo do realizado no período pré-venda, de foi R$ 268,90. A diferença nas medições foi de cerca de 1%, ou R$ 2.

As vendas realizadas no período se concretizaram conforme a expectativa de 83,93% dos lojistas entrevistados. Sobre o faturamento, 61,1% dos lojistas entrevistados informaram que as vendas realizadas no Dia dos Namorados deste ano foram maiores em relação ao concretizado no ano passado; 36,3% iguais e 2,6% menores.

Sobre os preços das mercadorias, 84,7% dos lojistas entrevistados indicaram que os mantiveram no período da data comemorativa, em relação ao preço adotado para as mercadorias no Dia dos Namorados de 2021; 15,3% aumentaram e nenhum (0%) diminuiu. Para aqueles que indicaram aumentar os preços, esse aumento ficou na casa dos +7,4%.

Pular para o conteúdo