O setor de serviços fechou o ano de 2018 com queda de 0,1% no faturamento em relação ao ano anterior, o que representa a quarta retração anual consecutiva do setor, que foi o último a entrar na crise econômica e deverá ser o último a sair. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (14) pelo IBGE.

Com esse resultado, os serviços, que vêm registrando quedas de faturamento real desde 2015, acumularam perdas de 11,1% nos quatro últimos anos. A última vez que o volume de receitas de serviços avançou foi em 2014 (+2,5%). O chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fabio Bentes, aponta que ao final de 2018, o nível do volume de receitas do setor ainda se encontrava 11,4% abaixo do mês de maior faturamento real – janeiro de 2014 –, indicando uma perda acumulada de R$ 9,7 bilhões a preços de dezembro de 2018.


Para 2019, a CNC estima que o setor deve apresentar alta de 2,0%, mas, para isso, o processo de retomada de investimentos será fundamental. Ainda segundo a entidade, a expectativa é que a fraca base comparativa dos últimos anos, associada à expectativa corrente de maior crescimento econômico em 2018, crie condições para a queda dos juros e a reação do emprego.

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