Em live promovida pela Câmara de Economia Criativa da Fecomércio-DF nesta segunda-feira (25), no Facebook, Youtube e Instagram da Federação, foram discutidas novas tendências de mercado e a expectativa de retomada dos eventos na capital do País. O presidente da câmara e sócio da Capital Week Entretenimento, empresa que realiza o Capital Moto Week, Pedro Affonso Franco, foi o responsável pela moderação da conversa, que contou com a participação do presidente da Federação, Francisco Maia, secretários de governo e com o sindicato de eventos da cidade. Durante a live, os participantes discutiram a possibilidade da realização de eventos híbridos, em um futuro próximo, onde uma parte seria realizado online e outra presencialmente. O cine Drive-in de Brasília também entrou em pauta, para a realização de shows, festivais, congressos e cultos. O estudo de novas tecnologias também foi debatida.
Para o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, a conversa foi muito produtiva. Entretanto, ele informou que a volta dos eventos na cidade, segmento que movimenta a economia e gera milhares de empregos, dependerá de como será a reabertura do comércio de rua e shoppings. “O comportamento dos setores que abrirão as portas nesta semana ditará o ritmo da abertura dos outros segmentos. Infelizmente, não sabemos quando isso acontecerá, mas precisamos pensar em uma forma o quanto antes”, informou Maia. Ele destacou ainda a parceria do setor produtivo que está se reunindo e se ajudando para que as atividades voltem a funcionar de forma segura.
O presidente do Sindicato de Eventos (Sindeventos), Luís Otávio Rocha Neves, informou que apresentará ao GDF um protocolo de segurança, como sugestão, para que os eventos voltem a funcionar. “Acredito que agora chegou o nosso momento de dialogar com o governador”, disse. “Esperamos que em curto e médio prazo possamos voltar com os eventos. Sabemos que o normal, a partir de agora, será bem diferente. Precisamos conhecer novas plataformas de interação para que possamos fazer esses novos eventos acontecerem. Podemos ter eventos híbridos, presencialmente e pela internet, estamos estudando”, enfatizou Luís Otávio.
O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, disse lamentar muito a condição de confinamento, mas, ao mesmo tempo, se sente privilegiado por estar na posição de tomada de decisão. “É hora de colocarmos a nossa capacidade de trabalho e criatividade, pensando em um bem comum”, disse. Bartolomeu afirmou durante a conversa que existe um grupo de trabalho na secretária que está trabalhando em premissas de retomada de eventos no DF, como é o caso do Festival de Cinema de Brasília. “Temos ao nosso alcance o único cine Drive-in da América Latina, estamos em negociação para pensar em como o espaço pode ser útil para a realização do festival”, destacou o secretário. Ele também colocou a disposição a Concha Acústica para a realização de eventos após o período de crise, por ser um local aberto e espaçoso, fazendo com que as pessoas possam ter um distanciamento na realização de shows, por exemplo.
Já a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, destacou o empenho da Fecomércio na volta gradual e segura do comércio. Durante a live, a secretária informou que a falta de eventos impacta todos os setores da economia. “Desde o início da pandemia temos conversado para criar um movimento pelo turismo: criando novos produtos e reinventando aquilo que já vinhamos fazendo”, disse. Entre os destaques, ela falou da rota online de Brasília “Lançamos recentemente o Brasília Tour Virtual, onde temos sete rotas mapeadas pelo Google Earth. Temos que entender essa nova realidade e as oportunidades que vieram com essa crise”, salientou Vanessa. “Também iniciamos a questão de tentar remarcar os eventos, no sentido de conversar com os organizadores para que não sejam cancelados, o que seria outro prejuízo”, disse.
Também foi apresentada durante a live o Festival Fome de Música, que é um projeto de shows musicais online com diversos artistas de renome, onde o público pode realizar doações de alimentos. Toda a contribuição em dinheiro é repassada ao programa Mesa Brasil Sesc que é o responsável por adquirir os alimentos e distribuir para entidades sociais.