A Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários (CBCSI), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) se reuniu nesta quarta-feira (29), na sede da entidade, para debater assuntos de interesse do setor que impactam diretamente a atividade imobiliária brasileira. Entre eles a paralisação de programas de financiamento de habitação social, como o Minha Casa Minha Vida, e o momento ruim da economia, que impacta diretamente nas vendas do setor. O grupo engloba 16 sindicatos patronais da habitação de vários estados do Brasil e do DF.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, compareceu à reunião e destacou que a entidade está disponível no que for preciso para ajudar na evolução do trabalho da Câmara. “Quando a economia do País começar a deslanchar o setor que mais terá investimento será a área imobiliária. É preciso estar preparado para essa nova era. Se depender da CNC as coisas vão acontecer”, disse José Roberto Tadros.
O presidente do Secovi-DF e vice-presidente da Fecomércio-DF, Ovídio Maia, informou que a união de todos os Secovis do País na reunião da Câmara mostra a força e a organização do segmento imobiliário. “Essa união dos Secovis no Brasil é vital para o setor, pois é o segmento que gera mais empregos e renda para o País”, disse. “A recuperação do segmento ainda está muito lenta, em comparação com anos anteriores, mas o nosso trabalho é exatamente esse: reconstruir o setor, tijolo a tijolo, para um Brasil melhor”, completou Ovídio Maia.
O coordenador do grupo e também presidente do Secovi do Rio de Janeiro, Pedro Wähmann, informou que a expectativa da melhora do setor depende da melhora da economia como um todo. “Não tem um setor econômico que vai bem com o crescimento pequeno da economia”, disse. “Parece que o grande sinal que os investidores e agentes produtivos estão esperando é a aprovação da Reforma da Previdência, que terá um significado grande para dar sinais de que o País é viável a longo prazo e assim atrair novos investimentos, inclusive os estrangeiros”, disse.
Segundo Wähmann, o que cabe a Câmara no momento é discutir o encaminhamento das questões pertinentes ao setor e estar presente dentro do Congresso Nacional e do Executivo para levar a posição do segmento imobiliário para melhorar a legislação atual.
Abrangência Nacional
Na terça-feira (28) os representantes do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais (Secovi) de 15 estados e do Distrito Federal, apresentaram para mais de 30 parlamentares, entre deputados federais e senadores, a Agenda Legislativa & Projetos Prioritários – Setor de Comércio e Serviços Imobiliários 2019/2020.
No documento, é exposto os expressivos números do setor imobiliário e condomínios pelo Brasil, como a existência das 133.714 mil empresas do setor imobiliário e dos 207.289 mil condomínios, que juntos empregam 720,4 mil brasileiros. Gerando assim, uma remuneração – salários e encargos – de R$ 5,4 bilhões com as empresas e R$ 16,6 bilhões com os condomínios. Em relação aos tributos, o setor gera para o Estado mais de R$ 31 bilhões de Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU) e mais de R$ 9 bilhões pelo Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).