No mês de setembro, a Intenção de Consumo das Famílias no Distrito Federal (ICF/DF) recuou -2,2%, descontado os efeitos sazonais, segundo dados da pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em expansão nos últimos treze meses, passando por estabilização nos meses março – abril – maio, em agosto registrou o melhor resultado ao atingir 108,1 pontos. Na última medição, no entanto, recuou de 108,1 para 107,8 pontos.

Ainda assim, o resultado de setembro mantém o DF 7,8 pontos acima do nível de satisfação, e 4,7 pontos acima do indicador nacional (103,1).

Na variação mensal, apenas o indicador de emprego atual oscilou positivamente (+0,2%), com crescimento anual de 6,7%%. Todos os demais apresentaram retração: perspectiva profissional (-5,9%), com crescimento anual de 70,8%; aquisição de bens duráveis retração (-2,7%), com crescimento anual de 14,2%; condições de acesso ao crédito (-2,5%), com crescimento anual de 22,4%; nível de consumo atual retração (-1,9%), com crescimento anual de 5,3%; perspectivas de consumo retração (-1,5%), com retração anual de -7,7%; e renda atual (-0,9%), com crescimento anual de 33,1%.

Analisando a série histórica ou a curva da intenção de consumo das famílias no Distrito Federal, identifica-se uma depressão muito intensa na passagem do mês de agosto para setembro, em um movimento disseminado por todos os indicadores, exceto a percepção dos consumidores em relação ao seu emprego, sendo este o único fator a animar o mercado.

O maior destaque negativo na análise mensal foi o indicador de Perspectiva Profissional, com queda de -5,9%, mostrando que este quesito ao apresentar crescimento anual de 70.8% inicia um processo de desaceleração ou estabilização

“Assim, considerando o nível de endividamento, a inadimplência, a retomada da majoração das taxas de juros que restringirão o acesso ao crédito, o desafio para o resultado econômico do corrente ano será o consumo das famílias, que deve entrar nesse último trimestre em acentuada desaceleração, e certamente exigirá muita criatividade e ousadia do setor de comércio e serviços”, analisa o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.

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