Por Francisco Maia

Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)

Depois de anos de sofrimento a economia começa a respirar melhor. Novos ventos embalam o comércio e animam investimentos. O ano de 2020 chegou como um sopro de esperança. Apesar de estarmos no início de janeiro, entidades do Distrito Federal ligadas ao comércio, ao setor varejista e à indústria da construção civil apostam que os próximos 12 meses serão mais positivos para a economia local do que foi o último ano. O aumento do índice de confiança dos empresários e o aumento do consumo das famílias brasilienses fazem com que se estime uma evolução entre 2% e 6% em relação ao passado. Ainda estamos longe de reverter os prejuízos causados pela crise econômica nos últimos anos, mas as projeções são otimistas. Há uma perspectiva de redução das taxas de juros.

O cenário nacional robustece as expectativas para 2020, como a alta do PIB que passou de 2,1% para 2,32%, de acordo com a projeção da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia. Essa possibilidade de crescimento da economia para 2020 é reforçada pelas análises de mercado, como a feita pela pesquisa semanal da Focus. Os números que nos chegam de todos os setores são bastante animadores. Nosso comércio e serviços vão receber as consequências dessas novas nuvens claras que iluminam a economia brasileira.

Os cálculos da Dimac/Ipea para 2020 mostram uma velocidade no crescimento do PIB, para 2,3%. Na ótica da oferta, todos os setores terão aumento em sua taxa de crescimento, com destaque para a agropecuária, que deve crescer 3,8%. A inflação prevista para 2019 é de 3,7% e a de 2020, 3,8%. A inflação dentro da meta reflete, entre outros fatores, a existência de recursos ociosos na economia, permitindo uma aceleração do crescimento sem pressões inflacionárias. Enfim, valeu esperar, mas é preciso incorporar a sabedoria dos tempos de prejuízo. Temos que conviver com mudanças. Segundo Darwin, não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.

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