Construir uma cidade ou um país desenvolvido requer mais do que palavras de efeito, gestos ensaiados e campanhas de marketing. Isso vale para todos: cidadãos, empresas e governantes. A propaganda é usada para vender uma imagem positiva, mas não pode ficar apenas no rótulo.
É preciso trabalhar duro para consolidar a nossa democracia. E nessa construção, uma base bem fundamentada necessita de pilares fortes como educação, cultura, saúde, ação social, esporte e lazer.
Acredito na promoção desses valores como forma concreta de combater as desigualdades brasileiras. O trabalho do Serviço Social do Comércio (Sesc) está, há mais de 60 anos, consolidado nessa premissa, com foco no atendimento aos comerciários e aos menos favorecidos. Isso tem uma razão de ser.
Não nasceu para gerar lucro ou publicidade. Faz parte de um compromisso maior com o trabalhador brasileiro, com o exercício da cidadania. A instituição ainda amplia o seu alcance, por meio de parcerias com o poder público e empresas privadas, para atender mais e melhor.
Em muitos casos, inclusive em comunidades ao redor da capital da República – no coração do Poder brasileiro -, o Sesc chega a ser o único meio de acesso da população carente aos serviços básicos. Ano passado, por meio das suas 12 unidades no Distrito Federal, o Serviço Social do Comércio prestou 22,8 milhões de atendimentos.
Somente nas áreas de saúde e educação foram seis milhões de atendimentos em atividades como: assistência odontológica e médica, nutrição, cursos de valorização social, educação para jovens e adultos, educação complementar e ensino nos níveis infantil, fundamental e médio.
O incentivo à cultura, um dos principais braços do Sesc, mobilizou 2,7 milhões de atendimentos no DF em 2011. Cresceu basicamente porque as unidades tiveram os seus espaços culturais ampliados. A instituição possui seis teatros e sete bibliotecas, mais do que o próprio Estado disponibiliza em Brasília.
Hoje, o Festival Internacional de Palhaços do Sesc – realizado há dez anos – , o projeto de apresentações teatrais Palco Giratório e o programa Escritores Brasileiros, entre tantos outros, são praticamente sinônimos de qualidade cultural e diversidade.
No campo da assistência, as dezenas de ações comunitárias realizadas ao longo do ano passado, com diversos parceiros, serviram para auxiliar um público de milhões de pessoas. Essa trajetória nos mostra que a sociedade anseia por melhores condições de vida. Quando o governo, as instituições privadas ou as empresas investem em educação e saúde, por exemplo, o que está sendo fornecido são os meios para facilitar essa conquista qualitativa. Esse é o tipo de propaganda que todos nós deveríamos consumir: aquelas que verdadeiramente têm conteúdo.
Publicado originalmente no Jornal de Brasília – 25/6/2012
Brasília, 25 de junho de 2012
Adelmir Santana Presidente do Sistema Fecomercio-DF