
No mês de fevereiro, o índice de Intenção de Consumo das Famílias no Distrito Federal (ICF/DF) marcou 107,3 pontos, registrando expansão de 0,3% em relação ao mês anterior, quando registrou estagnação. O índice permanece acima do nível de satisfação (100 pontos) e 3,6 pontos percentuais acima do indicador em âmbito nacional (103,7) no mesmo mês. Os dados são medidos pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na variação mensal, impactaram positivamente o índice geral os subíndices que medem a “perspectiva profissional” (+3,2%), “emprego atual” (+1,6%), “renda atual” (+0,5%) e “perspectiva de consumo” (+0,4).
Com influência negativa foram registrados os subíndices “condições de acesso ao crédito” (-1,7%), “nível de consumo atual” (-1,0%), e “momento para aquisição de bens duráveis”, que estagnou mensalmente em 0%, mas acumula retração de -21,0% em 12 meses.

“Esse resultado mostra que, em relação ao mês anterior, registramos melhora nos subíndices que medem o otimismo em relação à perspectiva profissional e as condições do emprego atual na nossa capital, enquanto tivemos um pessimismo em relação às condições de acesso ao crédito, bem como no nível de consumo atual, além momento desfavorável para aquisição de bens duráveis, que são produtos mais caros como eletrodomésticos e equipamentos domésticos”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.
Quando comparamos a fevereiro de 2024, o ICF-DF cresceu 3,8 pontos percentuais, passando de 103,5 para 107,3 em fevereiro deste ano. Já os demais (emprego, renda, perspectiva profissional e perspectiva de consumo) sustentam a variação anual positiva de 3,7%. Enquanto isso, os subíndices de nível de consumo atual e momento para bens duráveis se apresentam em retração, ou seja, -3,2% e -21,0% respectivamente.
“A análise de intenção de consumo no Distrito Federal revela certa cautela das famílias nos últimos três meses, que começou em agosto de 2024, provavelmente interligado ao processo inflacionário e aumento das taxas de juros que impactam o poder de compra. Este cenário, somado ao nível de endividamento e a inadimplência, continuará impondo moderação aos consumidores e exigirá do setor de comércio e serviços cautela e criatividade para manter o nível de vendas”, avalia Aparecido.