O Índice de Intenção de Consumo das Famílias no Distrito Federal (ICF-DF), divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), manteve-se estável em janeiro, sem variação em relação ao mês anterior (0,0%), já considerando os efeitos sazonais. O indicador permaneceu no nível de satisfação (acima de 100 pontos), registrando 107,9 pontos, ficando 3 pontos acima da média nacional (104,9).
A análise dos subíndices revela um cenário de equilíbrio entre otimismo e cautela. Entre os fatores que contribuíram positivamente para o resultado estão o aumento na perspectiva profissional (+5,7%), na renda atual (+1,3%) e no emprego atual (+1,1%), refletindo maior confiança no mercado de trabalho.
Por outro lado, a perspectiva de consumo (-4,4%), o nível de consumo atual (-1,2%), o momento para aquisição de bens duráveis (-0,9%) e o acesso ao crédito (-0,9%) apresentaram queda, demonstrando um cenário de maior prudência na decisão de compra.
“No geral, ao analisarmos a intenção de consumo das famílias no Distrito Federal, identifica-se uma certa cautela nos últimos dois meses, precedida de uma desaceleração iniciada em agosto de 2024. Soma-se a isso preocupações do setor produtivo com as incertezas do cenário econômico”, avalia o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire
Os dados indicam ainda que, apesar da melhora na empregabilidade e na renda, a cautela no consumo permanece, impulsionada por um ambiente menos favorável para compras de maior valor e dificuldades no acesso ao crédito.
Quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, apenas dos subíndices de “perspectiva de consumo” e “momento para bens duráveis” se apresentam em retração, chegando -16,7% e -22,9% respectivamente. Os demais (emprego, renda, nível de consumo, perspectiva profissional) sustentam a variação positiva anual de 6,5%, com o índice geral se deslocando de 101,3 para 107,9 em janeiro último.