Pesquisa do Instituto Fecomércio-DF aponta um cenário otimista para as vendas de Natal de 2024 no Distrito Federal, com projeção de que cerca de R$ 992 milhões sejam movimentados na economia local, impulsionando o setor varejista durante as festividades. Com aumento no ticket médio e na intenção de compras dos consumidores, a data pode registrar um crescimento de até 9% em relação ao ano passado.  

O estudo revela que 85,9% dos consumidores planejam presentear neste Natal, um aumento expressivo em relação aos 64,5% registrados em 2023. “Esse resultado positivo está ligado aos reajustes salariais nos setores público e privado, que ampliaram a massa salarial, além da redução do desemprego no Distrito Federal. Um reflexo desse cenário é o desempenho do varejo: de janeiro a setembro deste ano, registramos um crescimento de 5,5%, em contraste com a retração de 0,4% em 2023”, destaca José Aparecido Freire, presidente do Sistema Fecomércio-DF.

Entre os lojistas, 77% demonstram otimismo, prevendo vendas superiores às registradas no Natal passado, enquanto 18,8% esperam manter o mesmo volume de vendas e apenas 4,2% têm perspectivas de queda. A série histórica demonstrou tendência crescente no otimismo de até o ano passado. Apesar da queda na expectativa de vendas melhores neste Natal, 2024 registra o segundo melhor desempenho dos últimos oito anos. “Tivemos um bom período de estabilização da taxa de juros a partir do segundo semestre do ano passado até agosto deste ano, mas voltou a subir em setembro deste ano. Acreditamos que isso possa ter afetado a expectativa dos comerciantes”, analisa Aparecido.

O ticket médio dos consumidores apresentou um aumento de 14,8%, subindo de R$ 345,26 em 2023 para R$ 396,67 neste ano. Entre os gêneros, os homens estimam gastar um valor médio de R$ 419,79 em presentes, enquanto as mulheres planejam investir cerca de R$ 375,79.

Já entre os lojistas, valor médio esperado para os presentes é de R$ 269,29, um aumento de aproximadamente 40,2% em comparação ao ticket médio realizado em 2023, que foi de R$ 192. Em relação aos preços, 76,7% dos lojistas afirmaram que manterão os valores praticados no período anterior, enquanto 17,9% consideram possíveis reajustes, atribuídos principalmente aos repasses de fornecedores (79,4%) e ao aumento dos impostos (17,5%).

Para se prepararem para o comércio do feriado, os empresários investiram no aumento dos estoques (82,1%) e planejam adotar estratégias para atrair clientes (94,9%). As mais populares incluem promoções (21,47%), divulgações e propagandas (17,91%), diversidade de produtos (17,13%) e vitrines temáticas (15,35%).

Escolhas dos consumidores

A maior parte dos consumidores pretende realizar suas compras em lojas físicas de rua e shoppings, que, juntos, representam 55% das intenções. Segundo os entrevistados, esses locais costumam ofertar melhor os produtos procurados (29,07%) e preços mais baixos (23,98%).

Vestuário e acessórios estão no topo das preferências de presente (24,1%), seguidos por brinquedos (21,7%), calçados (16,2%) e cosméticos e perfumes (14,4%). As compras tendem a ocorrer principalmente no período da tarde, escolha de 44,9% dos consumidores, com destaque para os sábados, apontados por 32,4% como o dia ideal para ir ao comércio. Outros 17% optam pelos domingos e 14,6% pelas sextas-feiras.

No que diz respeito às formas de pagamento, o cartão de crédito poderá ser a opção mais popular, utilizado por 36,7%, seguido pelas modalidades de Pix/transferência (24,4%) e pagamento em dinheiro (22,4%).

Metodologia

Os dados da pesquisa foram coletados entre os dias 4 de outubro a 11 de novembro de 2024. A abordagem de consumidores se deu de forma aleatória, em diferentes pontos de circulação do DF, resultando em uma amostra de 573 respondentes.

Já a abordagem aos lojistas, direcionada aos proprietários e gerentes, deu-se de forma telefônica, compreendendo uma amostra de 352 empresas de diferentes segmentos do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

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