Representantes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reforçaram o apoio da entidade às demandas de empresários e sindicatos do Distrito Federal. O anúncio foi feito durante a última reunião anual de Diretoria da Fecomércio-DF, realizada na terça-feira (13), na sede da Federação, em Brasília.

A convite do presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, a diretora de Relações Institucionais, Nara de Deus, e o diretor de Economia e Inovação, Guilherme Mercês, ambos da CNC, participaram do encontro com intuito de detalhar o mecanismo de atuação da Confederação e estreitar laços com representantes sindicais.

“Desenvolvemos nossa Agenda Institucional ao longo da gestão do presidente Tadros e desde então articulamos junto às autoridades do poder público em favor dos interesses do setor produtivo. Hoje temos relação com todos os ministérios da Esplanada e acompanhamos mais de 7,4 mil proposições no Congresso Nacional, todas com impacto direto no Sistema Comércio. Estamos à disposição de vocês para acolher as demandas e, juntos, de forma alinhada, trabalharmos pelo desenvolvimento do DF e do Brasil”, frisou a diretora do DRI.

Aparecido destacou que o apoio da Confederação otimizará os pleitos apresentados aos Poderes Legislativo e Executivo, tanto no âmbito local quanto nacional. “Com ajuda da CNC, temos mais um parceiro de peso trabalhando na defesa das nossas pautas”, afirmou o presidente da Fecomércio-DF.

Segundo Nara de Deus, a Agenda Institucional da CNC, construída com apoio de todas as Federações, seguirá em constante processo de atualização. Para isso, é necessário que as novas demandas sejam compartilhadas com a DRI. Para o início de 2023, a Confederação planeja um grande evento em Brasília de apresentação do documento aos integrantes da nova legislatura nacional. O mesmo deverá ser feito pela Fecomércio-DF na esfera local.

Demandas antecipadas
Durante a reunião da Diretoria da Fecomércio-DF, presidentes de sindicatos adiantaram pautas que deverão ser acompanhadas pela DRI. Entre elas um projeto de lei (PL) que estabelece piso salarial para farmacêuticos. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma-DF), Erivan Araújo, a proposta tem caráter divergente aos interesses do setor de drogarias e pode impactar negativamente a estrutura e sustentabilidade das empresas em todo o País.

Outra matéria discutida foi a flexibilização da lei do silêncio no Distrito Federal. O projeto tramita na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e converge com o interesse do setor de eventos e cultural, pois permite que esses estabelecimentos aumentem sua capacidade de operação e movimentem a vida noturna, gerando emprego e renda para a cidade.

Foco em inovação
O diretor de Economia e Inovação da CNC falou sobre cenário econômico previsto para 2023. Segundo ele, mais importante que acertar as previsões é entender quais fatores podem ajudar na tomada de decisão. “Estamos passando por um período de grande transformação tecnológica. A história mostra que esses momentos vêm acompanhados de turbulência”, comentou o economista.

Segundo Mercês, é preciso estar atento a temas como novas tecnologias, inovação, mudança do perfil laboral e novas cadeias logísticas para escoamento de produtos. “Por isso a CNC decidiu juntar as áreas de economia com a inovação”, justificou. Para o início de 2023, o chefe da DEIN aposta que um dos debates de grande repercussão será em torno da alta inflacionária e seu impacto nos acordos sobre piso salarial da Convenções Coletivas de Trabalho (CCT).

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