Segue em alta o otimismo de empresários e consumidores com as datas comemorativas no Distrito Federal. Após crescimento registrado na Páscoa, pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-DF revela que mais da metade (57,10%) dos lojistas entrevistados acreditam que as vendas para o Dia das Mães este ano serão melhores do que no ano passado. Do outro lado do balcão, quem vai comprar um presente estima gastar quase 50% a mais, já que o valor do ticket médio saltou de R$ 114,96 para R$ 174,95, em 2022. Com isso, o aumento efetivo esperado nas vendas é de 26% em relação a 2021.

O Dia das Mães é a segunda data mais importante para o comércio em todo o Brasil. Em termos de faturamento, perde apenas para o Natal. Na análise histórica, a expectativa esse ano vem acompanhada do menor índice de pessimismo. Apenas 3,4% dos lojistas acham que a data será pior que no ano passado. Em 2021, um levantamento realizado após o período de vendas mostrou que houve crescimento efetivo de 22,5% no comércio, superando a marca de 15,25% registrada anteriormente na pesquisa de intenção.

“Não me surpreenderia que as vendas este ano também ficassem acima do esperado no Dia das Mães. Isso ocorreu em quase todas as datas comemorativas no ano passado, principalmente no 2º semestre. Acreditamos que isso represente, de fato, um movimento de retomada da economia, provocado pelo avanço da vacinação, pela reabertura definitiva comércio em todo o Distrito Federal e também, agora, pelo fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados ”, analisa o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.

A pesquisa de expectativa do IF sobre a Páscoa constatou aumento de 18,08% nas vendas em relação ao ano anterior, além de um incremento de quase 50% no valor do ticket médio por parte dos consumidores. Em breve o Instituto Fecomércio-DF irá divulgar o resultado efetivo das vendas.

Consumidor
A pesquisa do IF mostrou que 64,16% dos entrevistados têm intenção de presentear alguém no Dia das Mães de 2022. O índice é praticamente o mesmo registrado no ano passado (63,55%).  Entre os 35,84% que não darão presentes, o motivo mais mencionado foi não ter a quem dar (51,98%). Outros 25,42% disseram estar com dificuldade financeira.

Quase metade dos consumidores entrevistados indicou que pagará suas compras por meio de dinheiro (24,84%) ou em cartão de débito (18,32%). Isso mostra que 43,16% vão liquidar imediatamente o valor das compras. Apesar disso, a opção mais mencionada foi o cartão de crédito (43,79%). Vale destacar a opção PIX/Transferência (13,04%), que demonstra crescimento gradual em alguns estabelecimentos (especialmente naqueles que operam com compras online).

Sobre as preferências dos consumidores, ressalta-se que a maior parte se concentra entre a compra dos produtos roupas/acessórios (28,55%) e calçados/acessórios (22,75%). A maioria pretende comprar em lojas de rua/bairros (34,69%), no período da tarde (53,7%) e aos finais de semana – de sexta a domingo (81%).

O índice de recompra é um indicador que demonstra o principal motivo para o consumidor indicar ou retornar ao estabelecimento comercial para realizar nova compra. O estudo mostrou que o desconto/promoção (44,55%) é uma excelente estratégia para a fidelização do cliente, seguido pelo bom relacionamento (20,25%).

O índice de rejeição é oposto ao índice de recompra. Ou seja, é o indicador que demonstra o motivo pelo qual o cliente não retornará à loja após efetuar a compra. O preço alto (53,73%) liderou e apontou que o preço acima do praticado pelo mercado é um fator determinante para a queda da clientela, seguido pelo relacionamento ruim com o vendedor/gerente (17,39%).

Lojista
Para obter representatividade no universo de mercado, o estudo buscou abranger os segmentos diretamente impactados pela data comemorativa. Foi levado em consideração o porte do estabelecimento e a região administrativa onde a loja está localizada. Dessa forma, foram entrevistadas empresas de micro, pequeno, médio e grande porte.

O valor do ticket médio por cliente informado pelo lojista foi de R$ 253,80. Houve uma variação positiva de +33,7% em comparação com 2021 (R$ 189,78). Como foram pesquisados segmentos diversificados, extraiu-se o valor médio de vendas esperadas por segmento.

Assim como observado na visão do consumidor, a maioria dos lojistas espera vender mais no cartão de crédito (82,02%). Outros 15,81% esperam receber no débito. Apenas 1,19% dos lojistas esperam pagamento por Pix/Transferência. A opção dinheiro ficou com (0,99%).

A grande maioria dos lojistas (90,91%) declarou que irá manter os preços exercidos no Dia das Mães de 2021. Outros 8,89% declararam que vão aumentar os preços. Apenas 0,20% disseram que vão diminuir os valores dos produtos. O indicador da variação média de preços apurou um aumento médio de +9,33%. Repasse ao fornecedor (71,11%) e aumento do dólar (15,56%) foram os principais motivos para aumento dos preços.

Metodologia

A coleta de dados se deu no período de 3 a 18 de março de 2022. A abordagem aos consumidores se deu de forma aleatória, em diferentes pontos de circulação do DF, resultando em uma amostra de 505 respondentes. Já a abordagem aos lojistas se deu de forma telefônica, compreendendo uma amostra de 506 empresas de diferentes segmentos, concentradas em várias regiões do DF.

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