A Secretaria de Economia (Seec) recebeu, nesta quinta-feira (12), mais uma categoria do setor produtivo do Distrito Federal dentro do módulo “Na Hora de Ouvir”, do Fórum Econômico A Economia Pós-Pandemia, ´promovido em parceria com o Conselho Permanente de Políticas Públicas e Gestão Governamental do Distrito Federal (CPPGG-DF). Desta vez, o setor econômico do governo se reuniu com empresários da construção civil e imóveis, que puderam apresentar ao Governo do Distrito Federal seus principais desafios e as devidas sugestões para resolvê-los.
O secretário de Economia, André Clemente, abriu o debate lembrando a importância da rodada de encontros com vistas à implementação de ações efetivas para o momento pós-pandemia. “Não dá para discutir solução para os problemas olhando somente para a economia hoje”, disse. “Temos que olhar para o social, para a capacitação e a força de trabalho das pessoas”.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio), José Aparecido Freire, elogiou a disposição da Seec em dialogar com o setor produtivo e apresentou uma reflexão sobre o momento atual do setor: “Os desafios são grandes, e os gráficos mostram que não se trata de um problema local, mas nacional”, ressaltou.
“No DF, tivemos o aumento no preço do frete de produtos que vêm de outros estados que impactou no cenário da construção civil”, prosseguiu o gestor. “Precisamos de sensibilidade para continuar a fazer o que está sendo feito, que é a busca por soluções em conjunto. Tenho certeza que sairemos mais fortes do que antes.”
Construção civil
Os participantes foram unânimes em apontar a inflação do setor como principal problema enfrentado pela construção civil, fator que incide fortemente nos contratos de obras públicas e no preço dos imóveis para o cidadão.
Para o presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Materiais de Construção do Distrito Federal (Sindimac-DF), Antônio Carlos de Aguiar, o GDF saiu na frente em relação a outros estados ao aprovar a chamada cesta básica da construção. “O GDF atendeu muitas de nossas demandas durante a pandemia”, lembrou. “Fizemos o nosso dever de casa, cumprindo os protocolos sanitários e nos reinventando, fazendo delivery de materiais de construção, por exemplo”. Ele também sugeriu a ampliação do número de itens da cesta para a inclusão de aço e madeira.
O objetivo do fórum é antecipar cenários e desafios do período pós-pandemia, revitalizar a economia, garantir empregos e melhorar a qualidade de vida da população do Distrito Federal. Foi o segundo encontro dessa modalidade com setores produtivos – o primeiro reuniu o segmento de moda e vestuário. Ao todo, serão 13 oficinas como essa, cujas sugestões serão reunidas em um relatório final a ser incorporado pelos diferentes setores do GDF para a implementação de ações efetivas.
André Clemente enfatizou a disposição do GDF em manter um espaço de diálogo constante com cada segmento econômico, o que já resultou em medidas importantes de alívio fiscal e de justiça socioeconômica, principalmente com o Refis de 2020 e o programa Pró-Economia I , entre outras.
“Já fizemos muita coisa, como reduzir a burocracia, ajustar a carga tributária, entre outras tantas ações”, enumerou o secretário de Economia. “Agora, precisamos olhar para o novo mundo, para os novos desafios. O Estado tem que ser o facilitador para a solução de problemas. Com certeza, o diálogo estará mantido.”
Participações
Estiveram presentes na segunda oficina do módulo “Hora de Ouvir” do Fórum Econômico A Economia Pós-Pandemia os presidentes dos sindicatos da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon), Dionyzio Klavdianos, e de Comércio Varejista de Materiais de Construção do Distrito Federal (Sindimac), Antônio Carlos de Aguiar; das federações das Indústrias do DF (Fibra), Jamal Bittar, e do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), José Aparecido Freire; dos conselhos Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região (Creci), Geraldo Nascimento, e Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Maria de Fátima Ribeiro Có; e ainda os presidentes da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi), Eduardo Aroeira Almeida; Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac), Mateus Carvalho, e Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), Luiz Afonso Delgado Assad.
Por parte do governo, além do secretário de Economia, participaram o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Pereira Filho; a secretária cxecutiva do Conselho Permanente de Políticas Públicas e Gestão Governamental do Distrito Federal (CPPGG), Rose Rainha; o presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), Jean Lima, e o diretor de Regularização Social e Desenvolvimento Econômico da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), Leonardo Mundim.