O comércio do Distrito Federal espera um crescimento de 2,2% nas vendas do Natal deste ano. É o que mostra pesquisa realizada pela Federação do Comércio do DF e pelo Instituto Fecomércio. O Natal é a principal data comemorativa do varejo e o segundo semestre, além de favorecer as vendas, tem apresentado uma reativação do consumo.

Os empresários apostam no período natalino para recuperar o movimento. Segundo o estudo, 40,8% dos comerciantes acreditam que em dezembro deste ano as vendas serão maiores do que em 2019, enquanto 41,5% esperam vendas iguais. Outros 17,5% acreditam em vendas menores.

Para realizar o levantamento, o Instituto Fecomércio pesquisou 15 segmentos diferentes, entre lojas de rua e de shoppings, totalizando 404 empresas consultadas. O valor médio esperado para este ano com o investimento em presentes é de R$ 153,97 por cliente. Em 2019, os lojistas disseram que cada consumidor gastaria em média R$ 458,11. Uma variação real negativa de -67,41% em relação ao ano anterior, considerando a inflação do período.

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, explica que apesar do ticket médio mais baixo em relação a 2019, as vendas do Natal podem ser as melhores deste ano. “O Natal é a data comemorativa mais esperada pelo lojista, pois existe essa tradição da festa religiosa e da troca de presentes. A economia está em recuperação e já demonstra sinais de melhora. Esperamos um bom movimento”, afirma. De acordo com o presidente, normalmente no final do ano as pessoas recebem suas parcelas do 13º salário e isso injeta um grande volume de recursos na economia local.

Este ano, é esperado que o 13º injete R$ 5,6 bilhões na economia do DF, o que pode ajudar no fluxo de caixa e na contratação de mais pessoas para os setores de comércio e serviços. “Gera um movimento muito positivo no comércio”, completa Francisco Maia.

No quesito estratégias para o período, 31,5% pretendem realizar promoções como a principal forma para atrair os clientes, seguido por vitrine temática (20,36%). A maioria dos lojistas (90,7%) indicou também que não irá alterar, na média, os preços dos produtos.

Consumidor
A maioria dos consumidores brasilienses está disposta a comprar presentes para comemorar o Natal. O levantamento do Instituto Fecomércio ouviu 404 pessoas, entre 18 e 60 anos. De acordo com o estudo, 83,66% dos entrevistados têm a intenção de comprar produtos para presentear neste Natal e apenas 16,34% não tem intenção. Entre os motivos declarados pelos clientes que não pretendem realizar compras no Natal, mais da metade (62,12%) declarou que ainda passa por dificuldades financeiras.

Para o Natal de 2020, as preferências do consumidor indicam produtos como: vestuário/acessórios, com 30,69% das preferências; seguido de calçados e acessórios (23,22%) e brinquedos (18,12%). O valor mediano que o consumidor pretende desembolsar com presentes é de R$ 216,61, maior do que o valor que os lojistas acreditam que será gasto (os empresários esperam um ticket médio de R$153,97).

Local de compra
Apesar da pandemia, 44,08% dos consumidores dizem que vão adquirir os presentes em shoppings, 26,04% pretendem comprar os produtos em feiras, e 24,26% afirmam que realizarão uma as compras em lojas de bairro ou de rua. As vendas pela internet devem subir cerca de 60% em relação ao ano passado mas ainda representam uma parcela pequena do total comercializado (cerca de 7%).

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