O endividamento das famílias brasilienses registrou a segunda queda consecutiva no ano, desta vez no mês de outubro em comparação com setembro. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Fecomércio-DF, o número de famílias com algum tipo de dívida na capital do País passou de 608.359 em setembro para 584.831 em outubro. Isso significa que 58% das famílias brasilienses estão endividadas, ante 60,4% em setembro. No mesmo período do ano passado, a taxa de endividados era de 80,8%. Já o montante de contas em atraso registrou aumento: passou de 157.352 mil famílias para 161.895.

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, explica que o consumo dos brasilienses está mais cauteloso. Ele destaca ainda que o índice de endividamento está muito abaixo do que foi registrado no ano passado. “Naturalmente, com o período de pandemia, as famílias brasilienses frearam o consumo. Muita gente perdeu o emprego e o poder de compra. Com isso, as pessoas estão evitando comprar bens duráveis: fugindo do parcelamento e gastando apenas no essencial. Entretanto, acreditamos que o varejo volte a ter uma recuperação gradativa com as festas de final do ano: Natal e Ano Novo”, explica Francisco Maia.

O estudo mostra ainda que o principal instrumento de endividamento da população da capital do País continua sendo o cartão de crédito: 69,8%, seguido por financiamento de casa (20,9%) e financiamento de carro (20,1%). Dentre os endividados, 52,2% disseram estar comprometidos com dívidas por mais de um ano. Já 12,3% afirmaram ter dívidas entre 6 meses e 1 ano. Dividas com até 3 meses registrou um total de 14,8% dos entrevistados.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) orienta os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor, com informações sobre o nível de comprometimento da renda do consumidor com dívidas, contas e dívidas em atraso, e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.

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